Economia

Luís Teixeira avançou os dados em conferência de imprensa, hoje, no Mindelo, na sequência da assembleia-geral ordinária para apresentação e discussão do relatório de contas de 2022 e apreciação geral da administração.

A Electra SA, conforme a mesma fonte, teve um resultado negativo de 781 mil contos, embora tenha havido uma melhoria de mais de 556 mil contos”, equivalente a “mais de 41,6%” em relação a 2021.

O responsável explicou que a Electra Norte volta a ter lucros e com resultados positivos de 377 mil contos e, no entanto, a Electra Sul tem resultados negativos de 1,1 milhão de contos.

Luís Teixeira, entretanto, resolveu destacar as melhorias devidas muito à recuperação da ilha do Sal, com uma demanda de “mais de 20%” e à diminuição do nível de perdas no País, que foram menos 1,1%, equivalente a 150 mil contos.

Por outro lado, segundo a mesma fonte, a actualização das tarifas em Julho de 2022 fizeram com que a empresa recuperasse parte do défice.

O presidente da Electra referiu-se ainda a perdas de elctricidade, que registaram uma diminuição nas ilhas de São Vicente e Sal e aumento nas ilhas de Maio, Fogo e Brava. Já Santiago, sublinhou, teve uma “ligeira diminuição”, mas, “muito aquém do esperado”,

Os dados de Santiago, sobretudo os da Cidade da Praia, estão, conforme a mesma fonte, a “preocupar” a empresa, que, afiançou, tem detectado um “crime organizado” de roubo de energia na capital do País.

Luís Teixeira foi ainda instado pelos jornalistas sobre a questão de iluminação pública em São Vicente, com algumas deficiências nalgumas zonas, ainda mais neste momento que a ilha tem registado vários assaltos a pessoas e estabelecimentos.

O gestor admitiu que não é São Vicente, mas, de todas a ilhas, mas, disse que está a ser montado um projecto com o Governo para substituição total das lâmpadas de vapor sódio mercúrio por lâmpadas led na ilha.

A Inforpress questionou ainda o presidente da Electra sobre a veracidade da empresa, no Mindelo, estar com ruptura de stock de lâmpadas para substituições, Luís Teixeira admitiu ser verdade e remeteu as causas para o aumento dos custos dos combustíveis.

“Temos que ter humildade para admitir isso, tivemos algum problema de stock, não só de lâmpadas, mas, de materiais porque houve altura em que o combustível disparou”, explicou, com dados que mostram que Electra até mês de Julho de 2022 comprava 30 mil contos de combustíveis por dia, mas, depois passou a 60 mil contos diários.

A ideia nessa altura, asseverou, era só garantir a produção e distribuição de água e energia e por isso, a ruptura de stock de materiais como lâmpadas, contadores e outros.

Luís Teixeira asseverou que neste momento estão a repor o stock e estão pontualmente a comprar lâmpadas para substituir as com mais falta, embora, considerou, é “difícil” por ser todo o Cabo Verde.