E teu nome — Irina —
verde azul de hialina
transparência,
que nem é mistura
que se ensina,
alquimia de que se conhece
a exacta ciência —
//
apenas esse riso de menina,
semovente correnteza,
água pura da mina
que lava as angústias
do pai rezinga.
//
Pomba de alvura
que ao tiro da matina adeja,
céu de boa sina seja a estrela
que te ilumina, tu mesma
primavera alevantada no fluxo
em que toda a vida se anima.
//
E vai e deixa sobre a terra
o lume de ser lava; e tenhas
sombra e paz ao calor do dia a pino,
ou nos nevoeiros em que por vezes
a vida finda.
//
E a mão da honra te seja
cajado na subida, e ainda que pela
selva do mundo deambulando,
como grão catado na algibeira
a alegria tenhas por medida,
que o que o arrojo furta à sina
é sal de toda a humana aventura.
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