Ulisses enterra o MpD
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Ulisses enterra o MpD

Num estado de direito democrático, o administrador tem a obrigação de ser probo (correto, justo, honesto, íntegro) se cometer algum ato de improbidade na sua gestão deveria existir mecanismos legais e políticos que o impedissem de ter acesso a novos cargos políticos e cargos públicos!

Um levantamento das últimas quatro rodadas eleitorais municipais na Praia (2008 a 2020), base política de Ulisses Correia e Silva mostra uma correlação negativa entre o aumento do número de eleitores e a votação no MpD sob o comando do atual PM e líder do partido “ventoínha” (Fonte: CNE, dados colhidos no seu site com referência às publicações nos B.O. I Série nº 20 sup., 04/06/2008; nº 45, 01/08/2012; nº 51, 20/09/2016 e nº 133, 24/11/2020).

Com efeito, à medida que se aumenta o número de eleitores na Praia, em média, mais 5.000 eleitores de uma eleição para outra, o MpD perdeu, em média, (-)2.000 votos, caindo degrau a degrau de eleição para eleição, nesse mesmo período e mostrando uma “tesoura” entre as duas variáveis (número de eleitores inscritos e número de votos no MpD).

 

Ulisses assume a Câmara Municipal da Praia, em 2008, com 23.961 votos e é reeleito, em 2012, com 27.483 votos, atingindo o seu auge eleitoral nesse pleito, porém, começa a sua queda, daí em diante, não obstante, conseguir fazer o sucessor, em 2016, com 22.417 votos mas confirma a sua derrocada eleitoral com a derrota de seu delfim, Oscar Santos, em 2020, por 16.559 votos contra os 17.479 de Francisco Carvalho.

Enquanto de 2016 para 2020 ocorre um aumento de cerca de 4.000 novos eleitores, o MpD despenca de 22.417 votos obtidos em 2016 para 16.559 votos em 2020, correspondente a uma perda de quase 6.000 (-26% do que tinha conseguido na votação anterior), em escassos quatro anos estando no cargo em que disputa a re-eleição e com o apoio da “máquina” do Governo central comandado por UCS!

Por outro lado, o PAICV que obtivera 11.587 votos em 2016, consegue um aumento de cerca de (+) 51% na sua votação indo para 17.479 nesse período de quatro anos, partindo da oposição, em contramão ao MpD.

O gráfico mostra uma linha de tendência linear negativa de queda de votação no MpD sob o comando de Ulisses Correia e Silva, nesse período de 2008 a 2020.

Nas eleições municipais de 2020, se sabe pelos dados das pesquisas eleitorais que, em cerca de 30 diais, o MpD perdeu mais de 40.000 intenções de votos, justamente, quando se associou a imagem do então candidato do MpD à reeleição, Oscar Santos, ao UCS – foi um desastre eleitoral impressionante! Foi o verdadeiro “abraço do afogado” que teve impactos “contagiantes” para outros Municípios da ilha de Santiago (Ribeira Grande, São Domingos e Tarrafal).

Eleitoralmente, UCS é um tremendo fracasso se for, devidamente, encarado e combatido não na gritaria, mas pela ciência política por que “morto”, eleitoralmente, sabe-se que os políticos acompanham seus companheiros ao enterro, dão-lhes adeus mas não entram nas sepulturas com eles!

Se a principal obra de UCS como gestor da Câmara da Praia (2008 a 2015) foi o finado do mercado do Coco que serviu de cartão de visita para o catapultar ao cargo de PM, de um lado, e, de outro lado, os contribuintes pagando por uma obra caríssima mas inútil e o mesmo político sendo eleito (em 2016) e re-eleito (em 2021) parece que algo não vai bem e precisa ser esclarecido: ou o MpD se livra do Ulisses ou o povo sepultará o MpD nas urnas (em 2024 e 2026)!

Os dados do afrobarometer 2022 deram conta que para 57% dos eleitores o país sob o comando do UCS está no caminho errado antes dos escândalos dos relatórios dos fundos do turismo e ambiente serem revelados pela imprensa e o anúncio da iniciativa da moção de censura ao seu Governo – o que resta mais acontecer?

Num estado de direito democrático, o administrador tem a obrigação de ser probo (correto, justo, honesto, íntegro) se cometer algum ato de improbidade na sua gestão deveria existir mecanismos legais e políticos que o impedissem de ter acesso a novos cargos políticos e cargos públicos!

 

 

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