O roubo de propriedade intelectual é algo recorrente no universo caboverdiano. São muitos os casos que ouvimos falar no “flado fla”. O artista recém chegado ao mundo dos palcos, flashes e holofotes, é devorado por muitos vampiros sedentos de sangue fresco, sem qualquer hipótese de reação.
Todos estamos cientes da enorme competitividade no mundo artístico.
A criatividade aguçante e efervescente de alguns, contrasta com a falta de ideias e a estagnação de outros, o que muitas vezes conduz a plágio total ou parcial de trabalhos alheios, ou até mesmo ao roubo de propriedade intelectual. Este tipo de cenário alimenta a falsa impressão de que “vale tudo” no showbiz. É quase como na Lei da Selva, só que neste meio, sobrevive o Chico-esperto: aquele que conhece os corredores e bastidores, e age rápido no intuito de ganhar fama e lucro à conta do trabalho dos outros para disfarçar as suas falhas e/ou mediocridade.
O roubo de propriedade intelectual é algo recorrente no universo caboverdiano. São muitos os casos que ouvimos falar no “flado fla”.
O artista recém chegado ao mundo dos palcos, flashes e holofotes, é devorado por muitos vampiros sedentos de sangue fresco, sem qualquer hipótese de reação.
A comparação anterior com a Lei da selva, onde prevalece a lei do mais forte ou do “Chicoespertismo”, não é um exagero e desperta-nos para a importância de haver regras que protejam qualquer pessoa física ou jurídica do roubo de propriedade intelectual.
Na passada quinta-feira, fiz uma denúncia pública de usurpação da propriedade intelectual contra o produtor Mindelense, Eurico Évora, conhecido por estar à frente do concurso de talentos “Todo Mundo Canta”, por este promover nas redes sociais e com direito a nota de imprensa, pela realização do evento “Mornas com História”, que todos conhecemos ser, há muitos anos, da minha autoria.
Felizmente foi possível a interdição do uso do título do evento, tendo o produtor substituído por outro.
Relembro que há dias surgia uma polémica sobre a utilização de músicas nas campanhas eleitorais pelos partidos políticos nacionais e o apelo no cumprimento dos direitos autorais.
Isto leva-nos a questionar se este caso é diferente, uma vez que me é reconhecida a titularidade deste projecto e com provas dadas. Este ano foram realizados dois eventos, em Lisboa e nos Estados Unidos.
Ora, perante tal situação, só podemos concluir que este é um caso de usurpação de propriedade intelectual pela parte do sr. Eurico Évora e de “apropriar-se” do mesmo nome e conceito que criei.
Pergunto se haverá qualquer empenho das entidades reguladoras, e dos direitos autorais, em responsabilizar o sr. Eurico Évora por este acto descarado. Quando se fala em Direitos de Autor, não se fala só de música, mas sim de qualquer obra artística, literária e científica.
Agradeço desde já, às vozes que me mostraram solidariedade (desde Cabo Verde, às comunidades emigradas, principalmente em Roterdão onde resido), e que estão dispostos a testemunhar a meu favor e contra esta situação específica, e outra que envolve a autoria do projecto “Orgulho Nacional” (no qual fui vítima desde difamação a ameaças de morte), em prol de travar este tipo de prática nociva de auto promoção com o trabalho e esforço de outrem.
VOU SEMPRE USAR A MINHA VOZ NA DEFESA DOS DIREITOS AUTORAIS E DA PROPRIEDADE INTELECTUAL.
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