Colunista

Quando se fala do equilíbrio social, nos vem à mente um conceito denominado de justiça social. Não há equilíbrio social, sem a presença da justiça social. Um é o reflexo do outro. Aliás, a justiça social, é o principal reflexo do equilíbrio social sustentável.

Há um valor imensurável quando uma sociedade se mantém no prisma de um equilíbrio social permanente. A construção desse equilíbrio demanda custos e investimentos a curto e a longo prazo, significando que os esforços na área da economia, com enfoque numa visão holística deve ocupar o ponto central nas decisões económicas e administrativas. Toda a ação económica deve pontuar antes de mais no capital humano.

A grande máxima de uma liderança de grande influência, é justamente investir nas pessoas, por conseguinte, haverá com certeza um caminho para obtenção de grandes resultados. Algumas áreas que constituem bases para um equilíbrio social positivo, tais quais, a saúde, como o maior pilar da economia construtiva e altruísta, a educação, como o centro da formação intelectual e de conhecimento, gerando pensadores e não um sistema facilitista. O emprego digno, como uma oportunidade crucial, gerando assim autonomia pessoal e um sentido valorativo.

Essas bases refletem com profundidade, os aspetos que, com toda a certeza, não podem ser dissociados, quando falamos do equilíbrio social.

Devo salientar que toda a sociedade equilibrada reflete o sentido da alta cidadania num coletivo forte, cuja visão vai além do fatalismo, da pobreza explorada e da parcialidade política. Focalizada na grandeza humana, solidariedade, paz, tolerância e numa relação pautada pela cooperação e não pelo interesse pessoal.

Um alto sentido da humanidade, acompanha a esfera do equilíbrio social. Políticas que fomentam a grandeza humana, que visam o bem-estar social integral. Onde há o equilíbrio social, a visão macroeconómica exerce uma dinâmica diretamente na boa performance da vida dos cidadãos; com ênfase na construção do indivíduo, como o centro prioritário de todos os demais investimentos. Ancorada numa política que não estrangula, mas que constrói pontes, gerando equilíbrio e não discrepâncias sociais.