A comunicação social em Cabo-Verde grita por novos intervenientes, abordagens e roupagens, incluir a Diáspora e o vasto mercado Africano é, na minha modesta opinião, uma excelente estratégia e os frutos surgirão com toda a naturalidade.
Tivemos conhecimento esta semana que a novel televisão a emitir em território nacional - TVA - Televisão África já se encontra em Portugal, ocupando a posição 197 da operadora MEO.
Passados poucos dias deste anúncio público já li e ouvi de tudo um pouco, nomeadamente é loucura, suicídio, num mercado tão pequeno predispôr-se a produzir conteúdos diferenciados. Assim como a opção MEO não ter sido a mais inteligente já que não é líder no segmento residencial.
A TVA vem suprir uma lacuna deixada pela Televisão de Cabo-Verde, aquela que é pública, portanto pertence a todos nós e é subsidiada com os nossos impostos. Se por outro um lado, há aproximadamente 1 década que não temos correspondente em Lisboa/Europa. Por outro, a TCV, pelo menos em Portugal, é um canal pago, mensalidade de 5€, disponível nas 3 grandes operadoras, ou seja, além da MEO, NOS e Vodafone, trata-se de dinheiro mal empregado pois raras vezes funciona e a programação é comum ao território nacional.
Há dias deu comigo a recolher informação sobre o evento TMCI (Todo Mundo Canta Internacional) e fui invadida por uma profunda tristeza, sendo Cabo-Verde um país de talentos, que é reconhecido pelas grandes e imponentes vozes que nos cantam dentro e fora, não houve da parte da comunicação social, qualquer cobertura e interesse em noticiar. O TOP 4 é constituído por artistas não residentes, sendo a grande vencedora representante do Reino Unido, de seu nome Miriam Monteiro. Algo que leva-me a questionar será por isso? Pensei que fossemos todos Cabo-verdianos.
Feito o parêntesis, voltar ao cerne da questão. TVA já deixou a sua marca no audio-visual nacional, pois vem apostando em conteúdos diversificados e de qualidade, passando pela informação, desporto e entretenimento. Uma lufada de ar fresco foi ter acesso aos jogos dos campeonatos regionais de futebol masculino, coisa que só não se estendeu ao Nacional porque não houve acordo com a FCF (Federação Cabo-Verdiana de Futebol).
A comunicação social em Cabo-Verde grita por novos intervenientes, abordagens e roupagens, incluir a Diáspora e o vasto mercado Africano é, na minha modesta opinião, uma excelente estratégia e os frutos surgirão com toda a naturalidade.
Parabéns TVA, os Cabo-verdianos agradecem. Sucessos sempre!
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