Chama-se Flávio Rocha, é agente da Polícia Nacional na Boa Vista e um dos três suspeitos do assalto à mão armada efectuado no passado dia 29 de Dezembro na agência do BCN em Sal-Rei. Os três vão aguardar julgamento em prisão preventiva, segundo decretou esta tarde o juiz da Comarca local.
Três indivíduos do sexo masculino foram hoje, terça-feira, 2, apresentados ao Tribunal como os principais suspeitos materiais do assalto à mão armada na agência do Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN) em Sal-Rei, na Boa Vista, ocorrido no passado dia 29 de Dezembro.
Entre detidos – apanhados pela PJ um dia depois de terem chegado à ilha das dunas numa lancha rápida – está o agente da Polícia Nacional, Flávio Rocha. O policial, natural da ilha Brava e nascido a 21 de Dezembrode 1991, é supostamente membro da quadrilha, tendo sido indiciado de fornecer a arma de guerra alto calibre, uma AKM, que o bando utilizou durante assalto.
Além disso, há quem diga que Flávio Rocha também participou no golpe, já que não foi visto na greve da PN que decorria nesse dia em frente à praça, que fica nas proximidades da agência do BCN. O agente e mais quatro indivíduos foram apresentados esta tarde de terça-feira, 2, ao Tribunal da Comarca da Boa Vista.
O juiz, depois de ouvir os suspeitos, mandou soltar dois deles (um é advogado), mas ordenou, como medida de coacção, a prisão preventiva do agente da PN, Flávio Rocha, de um jovem de São Vicente, conhecido por Fredson, e de um outro rapaz mecânico na ilha das dunas. Fredson, a propósito, terá sido preso anteriormente no Mindelo, anos atrás, pelo mesmo tipo de crime, assalto à mão armada a um estabelecimento comercial.
Até este momento, ainda não foi revelado o montante roubado na agência do BCN na Boa Vista, mas Santiago Magazine sabe que parte do dinheiro, segundo fontes a rondar os mil contos, já foi recuperado. Também o veículo que utilizaram na fuga, uma pick-up, pertencente ao projecto predial financiado pelo MCA, está a ser examinado pelas autoridades policiais. O carro tinha sido roubado um dia antes do assalto, mas não houve queixa porque quem o conduzia, um português ligado ao projecto financiado pelo MCA, estava fora da ilha, pelo que ninguém sabia do sumiço da viatura.
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