Relativamente às suspeitas de má conduta, eu até teria o prazer de fazer por vias normais, mas não há orientações em como um utente pode fazer uma reclamação ou sugestão. Aliás, no artigo anterior, ficou patente a minha preocupação. Ver o 9º parágrafo do artigo anterior (O pior é que nem tinha como reclamar, porque o funcionário não estava identificado, o livro de reclamações deixou de existir. Esse é um mal que já infestou toda a Administração Pública).
Tomando o conhecimento da sua reação relativa ao meu artigo publicado no mesmo Jornal online- Santiago magazine intitulado – Desabafo de um utente sobre o atendimento no hospital Agostinho Neto, uso da mesma via para responder-lhe os seguintes:
Primeiramente, dizer-lhe que não foi e nem será minha intenção a troca de palavras nos meios de comunicação social, nem tão pouco atingir a sua pessoa.
Quem leu atentamente o meu artigo certamente pôde constatar que a minha preocupação foi extensiva ao atendimento no seu todo, naturalmente que a senhora sendo parte integrante e pela responsabilidade que teve e tem, teria que aparecer como parte de um todo, que é o Atendimento.
A título elucidativo transcrevo o 3º parágrafo do artigo anterior (Este artigo debruça particularmente nas questões relacionadas com o atendimento de um modo geral, com particular destaque para o Hospital Agostinho Neto, decorrente de factos vivenciados por mim e meus familiares, aquando da doença da minha irmã, que hoje já não faz parte do mundo dos vivos)
A critica não pode ser entendida apenas no sentido depreciativo, pois, quando vista com bons olhos, convida nos a refletir mais e, por conseguinte, ajuda a melhorar tanto a performance pessoal como a organizacional.
Encaro a sua reação com maior naturalidade, o que achei “impressionante” é o título do artigo o “Sofrimento não ultrapassa a verdade.”
Queria com isso dizer que aquilo que eu escrevi no meu artigo não corresponde à verdade?
Factos são factos. Contra factos não há argumentos. A senhora refugiou-se na literatura científica, disse o que fez de bom, entretanto, ao longo desse discurso, não descortinou a mentira que possa suportar o título do seu artigo.
Dado momento no seu artigo fez referência que não estive em várias consultas dada por si, mas o facto de eu não estiver presente, não significa que não estive a acompanhar o estado de saúde da minha irmã. Fi-lo sempre, e em sintonia com os meus familiares; mas, mesmo assim, durante a minha explanação fui muito contido, debrucei-me sobre os dias 18, 19, 20 de dezembro de 2020, que sei de muito mais coisas.
A título de exemplo, no dia 06 de outubro de 2020, estive no Hospital Agostinho Neto, conforme hora combinada, ou seja, às 9 horas, para fazer o levantamento de Atestado Médico e a justificação de faltas.
Cheguei ao Banco de Urgência com dez minutos de antecedência, pois, não queria atrapalhar nem a minha agenda e nem a de outrem, entretanto, esperei até às 10h30. Ninguém no Banco de Urgência sabia explicar-me onde estava a pessoa.
Mandar-me para procurá-la noutro serviço, também não estava, e ninguém sabia dar-me a informação, fui à Clínica onde dá consultas, a funcionária que me atendeu, primeiramente recusou chamar, com argumento que não vale a pena referir.
Depois de tanta insistência ela acabou por lhe chamar, mas segundo me informou, o telefone estava desligado.
A pessoa compareceu no serviço por volta dos 14.30, o assunto ficou resolvido depois das 16 horas. O atendimento precisa melhorar ou não?
Relativamente às suspeitas de má conduta, eu até teria o prazer de fazer por vias normais, mas não há orientações em como um utente pode fazer uma reclamação ou sugestão. Aliás, no artigo anterior, ficou patente a minha preocupação. Ver o 9º parágrafo do artigo anterior (O pior é que nem tinha como reclamar, porque o funcionário não estava identificado, o livro de reclamações deixou de existir. Esse é um mal que já infestou toda a Administração Pública).
Faço uso das suas palavras para terminar este artigo: “vamos todos respeitar uns aos outros, pois este é o caminho, para uma sociedade mais consciente e interativa, rumo ao progresso da nossa nação.”
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