Ponto de Vista

O Sr. Antonito e os seus camaradas em São Salvador do Mundo encontram-se desorientados, desnorteados, arriados, numa tentativa de fazer oposição no vazio, trilhando atalhos, na azáfama de ver se voltam ao poder a todo o custo.

A seriedade, a coerência e a transparência, realmente devem andar lado a lado, para que não se conspurque a política.

Em nome da verdade dos factos e para fins de esclarecimentos da opinião pública, passo a dar os seguintes esclarecimentos face às falsas denúncias publicadas no jornal online, Santiago Magazine.

A Câmara Municipal deliberou, efetivamente, na sua reunião, o subsídio de transporte a que os vereadores e outros dirigentes têm direito e este assunto mereceu debate amplo e esclarecedor na Assembleia Municipal.

Relativamente a esta matéria, pode o município optar entre disponibilizar a viatura municipal ou pagar um subsídio de transporte, nos casos em que seja difícil ou impossível disponibilizar a viatura municipal ou sendo esta solução mais onerosa, a CM deve, no âmbito do poder regulamentar que lhe é conferido, deliberar sobre as condições de atribuição e montante do respetivo subsídio.

Porque somos pela transparência e pela gestão rigorosa dos bens público é que se optou por atribuir o respetivo subsídio de 83 mil escudos a 3 dos 4 vereadores e ao staff do presidente. Assim, torna-se falsa e caluniosa a denúncia de que a vereadora da juventude, cultura e desporto, que reside em Achada igreja, recebe o subsídio de transporte.

Contudo, este Sr., Antonito Torres, e os demais vereadores, durante os 8 anos que estiveram no poder, tinham à sua disposição o veículo da Câmara Municipal, 24 horas, fazendo a trajectória Picos – Praia, e não só, inclusive durante os fins de semana, correspondendo a um gasto mensal de mais de 240 mil escudos com combustíveis, lubrificantes e manutenção. Só para o assessor e uma diretora de serviço o subsídio era de 80 mil escudos mensal, como se pode ver no contrato em anexo.

Realmente, para a vereadora que reside na cidade da Praia, tão simplesmente, concordou-se em pagar o transporte público, o montante para táxi, referente ao valor da sua residência à paragem de Hiace para seguir para picos e vice-versa. Fazendo as contas, caso for disponibilizado o veículo da Câmara Municipal, este montante será mais do que o triplo do referido montante. Esta prática, creio ser única comparativamente ao resto dos municípios de Santiago e à anterior gestão.

Portanto, na coerência de quem é amnésico, como é o caso do Sr. Antonito, gastar mais de 320 mil escudos mensais com despesas com transporte de dirigentes é normal, entretanto, quando se reduz este valor para 83 mil escudos, entende-se a sua preocupação.

A gestão da atual Câmara está a poupar em transportes dos dirigentes um valor acima de 237 mil escudos mensais, sem contar com a disciplina da frota da câmara Municipal. E todo este dinheiro poupado está, sim, aplicado na vida dos jovens, mulheres e homens dos picos.

Assim, desafiamos ao Sr. Antonito a provar o que diz, porque as viaturas da CMSSM não circularam, não circulam e nem circularão aos fins de semana para passeatas como ocorriam no passado bem recente.

Portanto, cabe a cada um fazer as contas e ver o porquê que o Sr. Antonito e seus camaradas, praticamente, nada fizeram ao longo dos seus mandatos e como resultado levaram um cartão vermelho por parte dos munícipes de ssm.

Em relação à diminuição do salário dos supostos “funcionários” é preciso esclarecer que o que houve foi apenas a reposição e cumprimento da lei por parte da CMSSM, por se tratar de pessoas contratadas fora do quadro legal da função pública, ou seja, pessoas que foram contratadas com mais de 65 anos e neste momento se encontram com 70, 75 e 80 anos de idade, não trabalham e encontram em casa por questões de saúde.

O que se fez foi a reposição da legalidade no funcionamento da CM.

Porém, é preciso dizer que a estas pessoas foram dados um prazo a fim de tratarem a sua reforma, entretanto nada fizeram, alegando que pelo fato de não terem o tempo suficiente de trabalho, seriam lhes atribuído uma pensão, que é o que auferem neste momento. Ciente de que já lhes foi dado um novo prazo para se dirigirem aos serviços dos recursos humanos da CMSSM a fim tratarem este assunto.

Esta é a oposição que há em SSM, uma oposição alienada e ofuscada perante a nova realidade de trabalho, transparência e rigor da coisa pública. Esta é a oposição de gentes que tem contas a prestar perante a justiça e o povo pela má gestão e corrupção.

Gil Vaz

Presidente da Comissão Política Concelhia de SSM