Uma petição electrónica posta a circular nos últimos dias, está a criar mal-estar nas hostes ventoinha, incluindo no círculo mais próximo de Carlos Veiga. É que a injustiça praticada com o ex-primeiro-ministro é extensível a dezenas de outros cidadãos, que nunca antes mereceram a atenção dos que agora se manifestam indignados, alguns deles deputados da nação.
A petição que foi posta a circular nos últimos dias, sob o lema “Por Memória, Justiça e Respeito: Reforma justa para Carlos Veiga”, está a gerar incómodo no seio do MpD - o partido que sustenta o Governo -, incluindo o próprio visado. Segundo as nossas fontes, Carlos Veiga olhou com desagrado a iniciativa, considerando-a inoportuna. E, de algum modo, isso pode justificar a fraca adesão: até ao momento de publicação desta notícia, apenas cerca de 30 pessoas tinham assinado a petição.
Foi o próprio Carlos Veiga que, dias atrás, em entrevista à Inforpress, lamentou o facto de não lhe ter sido atribuído o direito à pensão correspondente aos anos de serviço, pelo que recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça e estando a aguardar decisão positiva.
Efetivamente, os argumentos do ex-primeiro-ministro fazem todo o sentido, na medida em que não se compreende que o Estado permita o exercício de um cargo público (em detentores com idade superior a 65 anos) e não considere esse período como tempo de serviço, ou seja, negando os direitos de segurança social, nomeadamente, as pensões correspondentes.
Eurico Monteiro entra na polémica
Em entrevista à Inforpress e, em particular, num texto publicado na rede social Facebook, o ministro da Modernização do Estado e da Administração Pública, Eurico Monteiro, entra na polémica dando razão a Carlos Veiga.
“Se por qualquer razão fosse chamado hoje ou depois a decidir o processo, não hesitaria em dar inteira razão ao Dr. Carlos Veiga, por ser essa a minha funda convicção”, sublinha Eurico Monteiro.
Foto: Captura de imagem
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A equipa do Santiago Magazine