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Presidente da República quer debate sobre desenvolvimento do país num horizonte de 50 anos
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Presidente da República quer debate sobre desenvolvimento do país num horizonte de 50 anos

O Presidente da República pretende promover o debate público da agenda de desenvolvimento do arquipélago para os próximos 50 anos, com a mobilização todas as forças nas ilhas e diáspora, a que dá o nome de “pacto do futuro”.

José Maria Neves, que iniciava a sua conversa com a imprensa observando que o “Presidente da República não governa, afirmaria que Cabo Verde é um grande país, a demandar por um espaço de diálogo que permitirá transformar as vantagens comparativas da economia nacional em oportunidades competitivas rumo a um país moderno e próspero.

“Comemoramos os três anos de mandato sob o signo ‘Novas Possibilidade Cabo Verde 2075’. Queremos pensar os próximos 50 anos: a nossa grande ambição é construir um país moderno, próspero e justo”, referiu José Maria Neves neste encontro com jornalistas para assinalar o terceiro aniversário do seu mandato como Presidente da República.

“Queremos e podemos formular, juntos, a agenda Cabo Verde 2075, um autêntico pacto de futuro”, declarou, defendendo que deve ser ultrapassado o “imediatismo dos ciclos eleitorais” para se fazerem planos a longo prazo aproveitando as vantagens do país: “capacidades humanas, um imenso mar, reservas abundantes de energias limpas, instituições inclusivas e estabilidade social e política”, apontou.

Já no quadro das comemorações dos 50 anos da independência, que acontece no próximo, José Maria Neves pretende promover “espaços de debate e reflexão, abertos, sem qualquer intenção de se imiscuírem nos processos decisórios do Governo ou nas propostas dos partidos”.

“Não é um programa de legislatura, que cabe aos governos, eleitos pelo povo. Não há qualquer tipo de interferência, queremos é mobilizar a sociedade cabo-verdiana” para partilha de ideias que “serão ferramentas à disposição da sociedade e dos partidos políticos”, precisou.

O chefe de Estado considera haver uma “debilidade da sociedade e cidadãos em relação ao Estado” por resolver.

“Temos um Estado forte, que penetra em todas as fissuras da sociedade e temos uma sociedade civil e cidadania mais frágeis: quando não há equilíbrio, a tendência é para a subjugação e medo. Em Cabo Verde, ainda há algum medo e subjugação, o que dificulta os processos democráticos e o exercício de direitos, liberdades e garantias”, observou o mais alto magistrado da Nação, que percorreu uma lista de atividades dos três anos de mandato, em que se classificou como “ouvidor” em busca de boas relações com os demais órgãos do poder e com a sociedade em geral.

“Tenho procurado estabelecer boas relações com todos os órgãos de soberania, garantir uma cooperação estratégica com o Governo e estabilidade institucional”, algo que “com serenidade, responsabilidade e prudência temos conseguido e assim vamos continuar, no nosso ofício do bem comum”.

Questionado sobre a polémica troca de argumentos sobre o estatuto da primeira-dama, que este ano levou a uma inspeção e devolução de verbas à Presidência, Neves referiu que, como chefe de Estado, deve “ter serenidade e responsabilidade para estar acima de ‘tricas’ políticas”.

“Vamos continuar a ter atores políticos com discursos desrespeitosos, vamos ter muita gente mal-educada na política, vamos ter muita deselegância, mas temos de saber agir”, anotou.

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SOBRE O AUTOR

Redação

    Comentários

    • Martins, 10 de Nov de 2024

      ...a começar pela refundação do sistema político instalado-é uma prioridade emergencial, sem a qual Cabo Verde não consegue ir a lado nenhum.

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