Electra com variação negativa de 6,2% no volume de negócios no segundo trimestre de 2024
Economia

Electra com variação negativa de 6,2% no volume de negócios no segundo trimestre de 2024

A Electra reportou um volume de negócio de 2.863.849 mECV, com uma variação negativa de 6,2% face ao período homólogo, e uma taxa de realização de 81,6%, revela o Relatório Trimestral de Desempenho do SPE de Cabo Verde.

De acordo com o relatório divulgado na segunda-feira,10, a evolução negativa do volume de negócios deve-se à correção efectuada na rubrica cedência de materiais ao longo do ano de 2024.

“O VAB atingiu 562.846 m ECV, registando um crescimento de 26,1% (97.810 mECV) em relação ao 2.º trimestre de 2023. Este desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo aumento das vendas e prestações de serviços, beneficiando da redução dos preços dos combustíveis”, lê-se no relatório.

O relatório indica ainda que o EBITDA registou um crescimento significativo de 16,2%, situando-se em 424.933 mECV e uma taxa de execução de 111,8% no segundo trimestre de 2024.

Relativamente ao EBIT, a mesma fonte realça ter-se verificado um aumento expressivo de 37,1%, atingindo 236.580 mECV, correspondendo a uma taxa de realização de 114,8%.

Este resultado, sublinha o relatório, foi impulsionado pelo crescimento do EBITDA e pela redução de 2,5% na rubrica gastos com depreciação e amortização.

No que concerne ao resultado líquido, a Electra registou um crescimento de 156,1%, alcançando um resultado positivo de 98.614 mECV, sendo que o desempenho favorável resultou do impacto agregado das suas subsidiárias Electra Norte e Electra Sul, que contribuíram com um montante global de 298.843 mECV, através da aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (MEP).

Quanto à estrutura do balanço, o ativo registou uma variação marginal de 0,01% face ao período homólogo, com uma taxa de realização de 78,7%, tendo o ativo não corrente registado uma redução de 42,0%, justificada, essencialmente, pela transferência de ativos no âmbito do plano de cisão para as empresas EPEC, S.A., EDEC, S.A. e ONSEC, S.A..

O activo corrente, conforme o relatório, apresentou um crescimento expressivo de 61,9%, com destaque para a evolução da rubrica clientes no contexto das operações do Grupo e para a rubrica Estado e Outros Entes Públicos.

O passivo, por sua vez, registou uma redução de 41,0%, atingindo uma taxa de realização de 49,6%, enquanto o passivo não corrente apresentou uma diminuição de 65,5%, associada principalmente a redução das provisões para riscos e encargos e reclassificação de financiamentos obtidos, que foram transferidos para o passivo corrente.

Ainda de acordo com o relatório, o passivo corrente registou uma redução de 2,9% face ao período homólogo, com particular destaque para estruturas Estado com aumento de 67%; empréstimos de curto prazo com redução de 53%; e outras contas a pagar com decréscimo de 31%.

O capital próprio registou um aumento significativo de 11.797.547 mECV face ao período homólogo, justificado, essencialmente, pela conversão dos empréstimos de retrocessão do Estado em prestações acessórias, no montante de 14.898.987 mECV.

A mesma fonte dá conta ainda da incorporação do património das subsidiárias Electra Norte e Electra Sul, extintas em maio de 2024, bem como a transferência dos respetivos ativos para realização do capital social das novas empresas, conforme estabelecido no plano de cisão.

Em termos de capital próprio a Electra registou um crescimento expressivo de 165,9% face ao período homólogo, passando a apresentar valores positivos, situando-se em aproximadamente 4.692.986 mECV, no segundo trimestre de 2024.

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