O escritor e poeta cabo-verdiano José Luiz Tavares vai lançar durante este ano de 2022 mais duas obras, sendo que uma delas, o autor garantiu que será apresentada no decorrer do mês de Outubro.
“Já tenho um livro que está escrito para publicar ainda este ano, que é a união de todas as minhas obras poéticas que escrevi em português no ano passado, e também um livro de entrevistas, textos polémicos e textos teóricos que deve sair no mês de Outubro”, disse em declarações à Inforpress em Lisboa.
No dia 03 de Junho, em Lisboa, autor cabo-verdiano apresentou o seu mais recente livro, “E ka Lobu ki Fase – tratadu di grandeza i mizéria di pátria kabuverdi”, a sua primeira obra totalmente escrita na língua cabo-verdiana.
No livro, que teve apresentação a cargo de Apolo de Carvalho e que conta com as ilustrações do artista plástico Tchalé Figueira, o poeta cabo-verdiano, que também está retratado na obra, trouxe sátiras de personagens inspiradas em figuras conhecidas na área da política, social, cultural e intelectual de Cabo Verde.
José Luiz Tavares nasceu a 10 de Junho de 1967, em Tarrafal de Santiago, Cabo Verde, e estudou literatura e filosofia em Portugal, onde vive.
Publicou vários trabalhos, nomeadamente “Paraíso apagado por um trovão”, “Agreste matéria mundo”, “Polaróides de distintos naufrágios”, “Rua antes do céu”, “Prólogo à invenção do dilúvio/prólogo a la invención del diluvio”, “Ku ki vos/ Com que voz”, “Instruções para uso posterior ao naufrágio” e “Com o fósforo duma só estrela/Com el fósforo de una sola estrella”.
Os poemas do escritor, que é membro da Academia Cabo-verdiana de Letras, estão traduzidos para inglês, espanhol, francês, alemão, neerlandês, italiano, catalão, letão, finlandês, russo, mandarim e galês, sendo que ele já traduziu Camões, Pessoa e João Cabral de Melo Neto para a língua cabo-verdiana.
O poeta já foi agraciado com prémios como Prémio Revelação Cesário Verde em 1999, Prémio Mário António de Poesia, Fundação Calouste Gulbenkian em 2004, Prémio Jorge Barbosa, Associação de Escritores Cabo-verdianos em 2006, Prémio Pedro Cardoso, Ministério da Cultura em 2009, Prémio de Poesia Cidade de Ourense (Espanha”), em 2010, e prémio BCA/Academia Cabo-verdiana de Letras, em 2016.
Por três vezes consecutivas – 2008, 2009 e 2010 – recebeu o Prémio Literatura para Todos do Ministério da Educação do Brasil, por livros destinados a neo-leitores jovens e adultos, e Prémio Vasco Graça Moura /Imprensa Nacional Casa da Moeda (2018).
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