Cultura

Como grande parte dos cabo-verdianos, também para ele o caminho da emigração estava reservado. Portugal foi a porta de entrada para Europa, onde, em 1981, entra para uma escola de música, em Conde Redondo, Lisboa, para aprender bateria e percussão.

Conta no seu curriculum 8 álbuns musicais, tendo dado o pontapé de saída com “Xuma Lopi”, gravado em Portugal no ano de 1985, numa parceria com Joaquim Varela, Fefé, já falecido. O segundo álbum, intitulado “Na Kel Tempu ka Tinha”, seria gravado em 1989, fruto de uma parceria com o músico, natural de Santa Catarina, Papá di Betina, recentemente falecido.

A partir de 1991, Elísio Gomes passa a trabalhar sempre a solo. Primeiro com a gravação do álbum “Desenvolvimento”, a que se seguiram “Fim di Seculo” em 1996, “Limite” em 2000, “Muda sistema” em 2004, “Bom ki Bale” em 2009 e “Condison di Omi” em 2013.

Nesse intervalo de tempo, gravaria ainda um Best Off, com Vidisco, em 2006, e em 2012, uma peça de teatro com Gil Moreira, sob o título “Tradison di Alma”, onde desempenharia a dupla função de produtor e ator.

Navega com desenvoltura entre funaná e batuko. Faz excelentes incursões pelo Kizomba. O Regae está fortemente enraizado nas suas criações musicais desde o primeiro momento.

Por falar em kizomba, em 2018, gravou  um single com a composição “Katia” desse género musicial, e um regae, intitulado “Liberdade”.

As suas últimas novidades estão no youtub e são um batuku, uma morna e um funaná. Estas músicas foram lançadas no final de 2021 e primeiro trimestre deste ano.

Confira aqui o batuku onde faz dueto com Tareza do grupo Tradison di Terra.