Vivemos a era da “Comunicação e da Revolução Tecnológica”... referência: novas tecnologias de infomação e comunicação e estamos, particularmente sob os designios da “Inteligência Artificial” (distopia), “Robótica” (exemplo, drones). O “risco” será a eventualidade destas “inovações” fazer-nos, ficar na situação de não poder ou conseguir controlar nossas próprias criações (até a data, não existe ainda tecnologia para tratar o lixo “nuclear”, que é altamente radioactivo!).
A noção de “utopia”, vale a pena lembrarmos, foi evidenciada por Tomás Moro no século XVI e identifica-se com uma sociedade perfeita (a “República de Platão” é um exemplo clássico e o livro “utópico”, foi escrito muitos séculos antes da invenção do conceito em questão). A “distopia”, de John Stuart Mill (século XIX), evoca a ideia de uma sociedade opressora na qual os seres humanos estão encurralados, exemplificado pelo livro, “Um Novo Mundo Feliz – titulo em frances-“, de George Orwell, Aldous Huxley, 1984...!
Abrimos esta cronica analise reflexão sublinhando as duas noções acima referenciadas devido á realidade e situação que vivemos inesperadamente, sob os efeitos da crise sanitária Covid19 nestas pacatas ilhas da morabeza que obriga a todos os cabo-verdianos a “pensar”, “construir” e a abrir novos horizontes às custas de uma incerteza sem precedentes que excita e amedronta, praticamente sob a dualidade "utopia" e ou "distopia"...
Mas não sejamos pessimistas e caminhemos para frente; grandes avanços estão surgindo em áreas tão diversas como casos de combate às doenças (estamos praticamente a uma década de poder curar o câncer). Há, ainda soluções e boas alternativas, como as “Energias Limpas”, “as Cidades Inteligentes” (lembrem-se do projecto visionário da engenheira Loide “Praia Smart City”)... Todos esses “progressos” e ideias, permitem-nos antever um futuro cheio de esperança, na qual o ser humano terá a sua capacidade criativa mais ampliada...
Vivemos a era da “Comunicação e da Revolução Tecnológica”... referência: novas tecnologias de infomação e comunicação e estamos, particularmente sob os designios da “Inteligência Artificial” (distopia), “Robótica” (exemplo, drones). O “risco” será a eventualidade destas “inovações” fazer-nos, ficar na situação de não poder ou conseguir controlar nossas próprias criações (até a data, não existe ainda tecnologia para tratar o lixo “nuclear”, que é altamente radioactivo!).
A “Quarta Revolução Industrial” que está acontecendo, noutras paragens, tem de ser adoptada por este pequeno país insular e como governar significa também, antever o futuro, nesta que é a “X Legislatura” em Cabo Verde, temos pela primeira na história governativa desta nação, a existência do “Ministério da Economia Digital”. O futuro próximo, não pode ser pintado em preto e branco. A cura do câncer, por exemplo, deve ser colocada na balança com a probabilidade do problema de “desemprego estrutural”, dado que inovação tecnológica pressupõe exigência de “postos de trabalho qualificados”. A única coisa que pode constituir um perigo absoluto e irremediável seria a possibilidade de que máquinas, como a Skynet do filme Exterminador, assumiriam o controlo do planeta. Aliás lembro-me de ter lido na imprensa internacional da existência de uma famosa carta aberta de março de 2014, assinada por mais de oito mil cientistas e empreendedores de tecnologia do mais alto nível, fazendo um apelo, para não se deixar a tecnologia sair do controle humano…
Por tudo isso e mais Cabo Verde deve instalar e fazer cumprir nesta décima legislatura uma estratégia renovada procurando aprofundar e fazer o seu alinhamento com a Agenda de Desenvolvimento Global, através de uma renovação, mais ampla com mais metas particularmente nossos e compromissos ambiciosos. O segredo será estabelecer, de forma mais definida e eficaz, as formas práticas de poder alcançá-las.
O sucesso e objectivo será poder chegar agora em menos de dez anos, á finalidade da construção de uma sociedade inclusiva, mais justa, mais respeitosa das pessoas e do meio ambiente e com um novo horizonte de prosperidade em todas as nove ilhas habitadas garantindo progressos socioeconómicos, que se estendem às gerações futuras...
Conseguindo, alcançar igualdade plena fazendo chegar a todos os cabo-verdianos as mesmas garantias e as mesmas oportunidades em todas as ilhas.
Cabo Verde, uma vez consolidada a recuperação económica, após covid19, precisará resolver as consequências negativas da crise sanitária que devem ser corrigidas, fortalecendo a coesão social e territorial e continuando a formalizar necessariamente, a inclusão em todas as áreas em todos os 22 municípios e regiões desta nação arquipelágica.
“Cabo Verde na sua zona económica”: Acresce-se, ainda que a integração regional na CEDEAO, organização económica e politica da nossa sub-região oeste africana, é a condição “sine qua non” da formação de espaços e mercados necessários, para este pequeno e frágil país insular, a inclusão, de facto, continua a ser um problema adiado apesar das declarações de princípio…
Da abordagem holística e transversal, de novas soluções para que os resultados sejam diferentes, surgirão inúmeros desafios que devem ser enfrentados já nos próximos tempos e o dever de passar para o nível operacional, instalando, finalmente uma política a partir da qual se desencadeará medidas contundentes, que, pelas suas próprias naturezas, irão gerar tensões e incomodos; pois mudar o “status quo” do modus vivendi de país sempre dependente da ajuda internacional em qualquer sistema político-económico envolve perdedores; mas o que está em jogo é conseguir que desta vez em pleno século vinte e um a grande maioria da população “pessoas mais fragilizadas, as mesmas de sempre”, em todas as nove ilhas habitadas saia definitivamente da precaridade e pobreza ficando, nestes próximos novos tempos, da nova normalidade, pela primeira vez vencedora...
miljvdav@gmail.com
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