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Desmotivação profissional: a excelência dos recursos humanos
Colunista

Desmotivação profissional: a excelência dos recursos humanos

A superioridade hierarquica está intrinsecamente ligada á superioridade académica ou intelectual. Com isso, se desenha o paradigma identitário. Este por sua vez trás no seu subsolo o conflito psíquico, na dimensão intrapessoal e interpessoal. Sou o que faço ou faço porque eu sou? E neste ponto se desenha a crise do ser. Para terminar, está claro, que um peso significativo na desmotivação profissional, seria um salário insignificante, que não responde a demanda do poder de compra e tão pouco responde as reais necessidades inerentes.

Nada como um profissional motivado. A motivação é um dos aspetos mais importantes no processo de um desempenho cabal e eficiente. Sem a motivação o desempenho enfraquece e os resultados também.

Alguns fatores estão na ordem da desmotivação profissional. Fraca relação entre a liderança/chefia com os colaboradores. Quando falta a excelência na relação interpessoal, com ênfase no incentivo, no reconhecimento e na empatia não tem como a motivação assumir a sua dimensão construtiva e transformacional. A importância de uma boa relação interpessoal é uma das peças relevantes para que o profissional consiga avançar e ser proativo.

Uma outra razão para a desmotivação acontecer, é a deficiência comunicacional. A ausência na comunicação fecha a relação num paradigma subjetivo, e muitas vezes se torna ambíguo. Justamente a ambiguidade surge em consequência de um ambiente silencioso e com ar de desconfiança, que por sua vez, se torna misterioso. Aliás o "mistério", é justamente porque ninguém sabe o que passa, o que fazer, quando fazer e como fazer. Quanto mais a comunicação fluir, mais clareza e respostas precisas haverão. Um outro fator preponderante que esfacela a motivação, gerando a desmotivação, é a superioridade intelectual ou académica. Em geral, temos a ideia que quem estudou mais, está melhor preparado para assumir o cargo e liderar/chefiar determinada área profissional. Isto pode ser verdade, até certo ponto, mas não se pode negar a experiência como fator de relevância.  Aliás, 70% do saber está relacionado com a experiência. Uma questão importante: não podemos alimentar a ideia da superioridade académico ou intelectual no âmbito profissional, justamente porque obstrui a capacidade motivacional e gera um ambiente competitivo. E mais, não resolve as questões mais importantes no recinto profissional, pelo contrário, complica ainda mais.

A superioridade hierarquica está intrinsecamente ligada á superioridade académica ou intelectual. Com isso, se desenha o paradigma identitário. Este por sua vez trás no seu subsolo o conflito psíquico, na dimensão intrapessoal e interpessoal. Sou o que faço ou faço porque eu sou? E neste ponto se desenha a crise do ser. Para terminar, está claro, que um peso significativo na desmotivação profissional, seria um salário insignificante, que não responde a demanda do poder de compra e tão pouco responde as reais necessidades inerentes.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine

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