A companhia Binter Cabo Verde está de volta ao Tribunal da Comarca da Boa Vista, desta feita para uma Audiência Contraditória Preliminar (ACP), referente a uma parturiente que faleceu na sequência de outra recusa de evacuação da companhia.
O caso de Eloisa Teixeira remonta a Junho de 2018, quando deu entrada no Centro de Saúde da Boa Vista, com uma gravidez ectópica e havia uma indicação médica para evacuação via aérea, o que não chegou a acontecer.
Mais tarde, devido a complicação do quadro clínico, a delegada da Saúde na época, Mirian Delgado providenciou uma evacuação via marítima, numa embarcação de transporte de carga, para a ilha do Sal.
Segundo os familiares, as condições da viagem eram péssimas, a vítima sofreu ao longo do percurso e veio a falecer mais tarde no hospital do Sal.
Após a polémica à volta deste caso, o Ministério Público abriu um processo e em Dezembro acusou a companhia aérea Binter-CV, do crime de impedimento à prestação de socorro e de omissão de auxílio.
Para evitar que a campainha volte ao banco dos réus e escape ao julgamento, os advogados solicitaram mais uma ACP, que se inicia amanhã, 14 e prolonga-se até o dia 18, com a audição de piloto, administração da Binter, assistentes de bordos, médicos, enfermeiros e entre outros envolvidos no caso.
Refira-se que no outro processo de omissão de auxílio, também na Boa Vista, no caso do jovem que foi baleado no abdómem, a campainha não escapou ao julgamento, tendo sido condenado a pagar uma multa de 4 mil contos e o seu piloto foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa.
Fonte: Boa Vista no AR
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