Política

Segundo a presidente do PAICV, as evidências das desigualdades sociais são vistas na falta de concursos públicos ou concursos sem transparência, nas oportunidades para os grupos afectos ao partido enquanto há famílias com falta de rendimento.

“Vê-se claramente que os concursos ou foram suprimidos ou estão a ser feitos de facto sem transparência, as oportunidades são sempre para os mesmos grupos, para os grupos próximos do partido no poder, ao mesmo tempo que há um discurso de esbanjamento, há sinais claramente de luxo e desperdícios e há uma população a passar por grandes dificuldades”, concretizou.

Janira Hopffer Almada alertou ainda que “muita gente” foi para o desemprego, há famílias com falta de rendimento, sobretudo com esta pandemia.

Para a presidente PAICV, é evidente também os sectores sociais não estão a ser objecto de uma política consistente.

Casos, explicou, da habitação que cinco anos depois das eleições não tem nenhum programa estruturado e estruturante, a saúde dá sinais de claros de recuo e há dificuldades de acesso a consultas de especialidade, há recuo no sector da educação, de forma abrangente, porque os jovens estão a passar por sérias dificuldades e há abandono, sobretudo, no sistema universitário.

“Agora, a poucos meses das eleições o Governo vem, com medidas claramente eleitoralistas, avançando o que prometeu desde de 2016 aos cabo-verdianos na perspectiva de ludibriar para conseguir um bom resultado eleitoral”, criticou Janira Hopffer Almada, que também estava acompanhado de Nelson Lopes, que liderou o “Movimento Más Soncente” nas eleições autárquicas e que é integrante da lista do PAICV às legislativas.

Aliás, sobre isso Janira disse que Nelson “está engajado no projecto do PAICV que promove um Cabo Verde para Todos”.