Ex-deputado e antigo coordenador do MpD nos Estados Unidos ficou furioso com a ausência de Ulisses Correia e Silva no jantar de homenagem a Carlos Veiga realizado no passado dia 28 de Setembro em Swansea, Massachussets e publicou um post violento contra o líder ventoinha. "Que casta de partido é este?"
Cândido Rodrigues está agastado com o presidente do MpD, partido pelo qual foi eleito deputado pelo círculo das Américas. Tudo, ao que parece, tendo como pano de fundo não só a ausência de Ulisses Correia e Silva no jantar de homenagem oferecido por um grupo de cabo-verdianos ao ex-primeiro ministro e actual embaixador em Washington, Carlos Veiga, como o facto de, segundo Rodrigues, o próprio presidente do MpD ter dado "ordens a todos os militantes inclusive governantes para não participarem na festa no Venus de Milo (onde decorreria esse jantar) estando ele num hotel em Boston com uma comitiva".
Num post publicado à meia-noite desta quarta-feira, 2 de Outubro, na sua página do Facebook, o antigo coordenador dos ventoinhas nos EUA não poupa, por isso, Ulisses Correia e Silva, que, a seu ver, carrega "um ódio" contra a sua pessoa. Mas, continua Cândido Rodrigues, "a estratégia caiu por terra , pois a nossa credibilidade nesta comunidade ultrapassa a simbologia política. Estamos atento e não admitimos ilegalidades. O partido tem regras e todos até o presidente deve cumprir estas regras".
Antes disso, Rodrigues, um dos militantes e activistas mais ferrenhos do MpD nos EUA, sendo um dos mais fervorosos apoiantes de Carlos Veiga para a Presidência da República, conta como o líder ventoinha vem dividindo o partido nos Estados Unidos. "Três anos atrás realizaram-se eleições nos EUA em que participaram duas listas: uma liderada pelo Montrond e outra pelo Cristiano Monteiro. Destas duas listas foram eleitas 13 pessoas na lista do Montrond e 11 do Cristiano Monteiro. Contudo, o Ulisses tenta fugir do grupo de pessoas eleitas na lista do Cristiano tentando promover o outro grupinho porque acha que o grupo do Cristiano tem o meu apoio", escreve Cândido Rodrigues, sublinhando: "Contudo, o presidente do partido que tanto fala em regras internas e do respeito pelo estatuto, é o primeiro a violar estas regras".
Isto porque, de acordo com o ex-deputado do MpD pelo círculo eleitoral das Américas, "o coordenador do MpD promovido pelo Ulisses abandonou o partido há mais de dois anos e agora o presidente do partido coloca um militante vindo de Cabo Verde como Coordenador provisório evitando eleições para não perder o controle dos EUA. Que casta de partido é este? Temos ou não um estatuto com regras claras?", questiona, irritado, Cândido Rodrigues.
"Sei que muitos incautos de serviço irão comentar dizendo que estou com ódio. Quem tem ódio é o próprio presidente do partido que resolveu montar toda máquina partidária contra a minha pessoa por ter rejeitado o Harold Tavares como antena de coordenação da diáspora e neste final de semana deu ordens a todos os militantes inclusive governantes para não participarem na festa no Venus de Milo estando ele num hotel em Boston com uma comitiva. Só que a estratégia caiu por terra , pois a nossa credibilidade nesta comunidade ultrapassa a simbólogia politica. Estamos atento e não admitimos ilegalidades. O partido tem regras para todos, até o presidente deve cumprir estas regras", concluiu Cândido Rodrigues, que, diga-se, é um veiguista assumido, sendo, por isso, um opositor interno de Ulisses como líder do MpD.
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