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Paulo Rocha nega demitir-se e ameaça agir contra policiais que "não respeitaram a requisição civil"
Sociedade

Paulo Rocha nega demitir-se e ameaça agir contra policiais que "não respeitaram a requisição civil"

Ministro da Administração Interna admite a possibilidade de as Forças Armadas serem chamadas para os serviços de patrulhamento em coordenação com a Polícia Nacional. E avisa que serão responsabilizados disciplinar, criminal e civilmente os agentes que faltaram à requisição civil.  

O ministro da Administração Interna recusa qualquer ideia de se demitir, por causa da greve da Policia Nacional, alegando que “uma boa parte dos efectivos não aderiu à greve”, mas anunciou que posteriormente serão assacadas responsabilidades aos que não acataram a requisição civil.

Em conferência de imprensa, realizada esta manhã, 27, Paulo Rocha admite a existência de várias unidades da Polícia Nacional desfalcadas e alerta que serão responsabilizados disciplinar, criminal e civilmente os que faltaram à requisição civil, mas que a Policia Nacional conta com “ vários efectivos no cumprimento da sua missão”.

O governante diz sentir-se tranquilo, não obstante ter ficado associado à primeira greve de sempre da Polícia Nacional na história de Cabo Verde.

O ministro sublinhou,  no entanto, não haver razões para tal manifestação, “no ano em que se fez o maior investimento de todos os tempos na PN, destacando que, pessoalmente, diligenciou para a aprovação da tabela da classe, aguardada há mais de 10 anos”.

Gaba-se de ter sido o governante que num espaço de um ano e meio diligenciou para se fazer 523 promoções, com a aprovação da grelha salarial, num investimento orçado em 234 mil contos, o que, a seu ver, nunca foi feita na história da Polícia Nacional, tendo ressalvado que se sente seguro no cumprimento das suas obrigações.

Explica que só o aumento pretendido pelo sindicato, para aumentar o salário base para 60 mil escudos, tem um impacto de mais de 150 mil contos no Orçamento Geral de Estado, pelo que entende não ser possível a sua implementação “num ano de seca e de todas as dificuldades”, reafirmando que “o Governo não assinou nenhum memorando neste sentido”.

O Governo, explica, cumpriu com algumas questões assinadas no memorando e cumpriu, com a tabela salarial em 2017, a elevação do índice 50, promoção e progressões e a criação de equipas de trabalho para questão da sobrecarga horária.

Assegura que o Governo tudo fará para transmitir “esta segurança à comunidade em como o executivo tudo fará para que as pessoas estejam efectivamente em segurança”, e admite ainda a possibilidade de as Forças Armadas serem chamadas para os serviços de patrulhamento mediante a coordenação dos efectivos da Polícia Nacional.

A Polícia Nacional não se revê nos dados avançados pelo Sindicato Nacional da Polícia em como tem havido uma adesão na ordem dos 90 por cento, pelo que justifica a requisição civil de mil e 500 elementos num universo de 2 mil efectivos, com o argumento de que cabe à Polícia Nacional garantir a segurança pública, num país com problemas de efectivos.

Aos cidadãos, Paulo Rocha transmitiu “uma mensagem de solidariedade pelos constrangimentos, ainda que psicológicos”, sublinhando que o Governo está empenhado em garantir a segurança e que tudo fará para que as pessoas possam manter a sua liberdade enquanto um direito sagrado e que o Estado tudo fará para que seja garantido nos próximos dias.

Com Inforpress

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Redação