
O ministro da Cultura interino, João Baptista Andrade, pediu demissão esta sexta-feira,17, antecipando a decisão do governo brasileiro de demiti-lo.
Este é mais um desenvolvimento da crise política que se vive no Brasil, um dia depois de o empresário Joesley Batista, presidente da JBS, em mais um depoimento da chamada delação premiada, ter reafirmado as acusações de corrupção ao Presidente da República Michel Temer.
O ministro demissionário, João Baptista Andrade, ocupava o cargo há pouco mais de um mês, substituindo o ex-titular da pasta, Roberto Freire.
Freire, presidente do PPS (um dos partidos da coligação governamental), pediu demisão após o nome de Michel Temer ter sido implicado nas investigações em curso.
Mais recentemente, Freire defendeu a renúncia de Michel Temer (acusado de corrupção, obstrução e organização criminosa). Este posicionamento terá estado na origem da decisão do governo de demitir João Baptista Andrade, substituto e companheiro de partido de Roberto Freire.
A pasta deverá ficar sem titular, pelo menos até o regresso do presidente brasileiro de uma viagem oficial à Russia e à Noruega, a 23 de Junho.
O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, empresa implicada em investigações sobre pagamentos de subornos a partidos políticos brasileiros, acordou colaborar com a justiça e vem fazendo uma série de revelações, acusando directamente o presidente da República Michel Temer.
A JBS, especializada em processamento de carne e couro, além de comercialização de produtos de higiene entre outros, actua em 22 países, nos cinco continentes.
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