Os transportes marítmos inter-ilhas poderão conhecer dias melhores, se a vontade do ministro dos Transportes, José Gonçalves, se concretizar, ele que congratulou-se hoje, no Mindelo, com o facto de, pela primeira vez, os três navios da Cabo Verde Fast Ferry estarem em condições de operar em simultâneo, o que deve ocorrer no mês de Dezembro.
José Gonçalves, acompanhado do secretário de Estado Adjunto da Economia Marítima, Paulo Veiga, visitou hoje os navios Kriola e Sotavento, este último, propriedade privada, ambos em fase final de reparações no cais do Porto Grande, após deixarem a doca seca da Cabnave.
Com o Liberdadi e o Praia d`Aguada operacionais, e o Kriola em fase final de reparações, o ministro considerou que o objectivo, com esses três navios da Cabo Verde Fast Ferry, é “melhorar o nível de ligação e maior articulação” de todo o mercado inter-ilhas.
“Neste momento estamos a preparar um plano de rotas para que os três navios sejam capazes de melhorar as frequências nas ilhas menos servidas até agora”, precisou o governante.
Em relação ao navio Sotavento, propriedade da companhia Polaris, que deve reiniciar as viagens Praia-Maio-Praia na próxima semana, segundo o armador, José Gonçalves lembrou que se trata, actualmente, da embarcação “mais adequada” para as condições do porto da ilha do Maio, ainda mais, ajuntou, com os trabalhos agora feitos de adaptação no navio.
O ministro precisou que o Sotavento passa a dispor de “melhores condições” para o transporte de doentes, com a reconfiguração do espaço existente, destacando-se o uso de balsas pneumáticas que libertaram espaço.
“O navio passa a ter capacidade para transportar 200 passageiros, e este foi um trabalho que reconhecemos e que vai dar melhor resposta, com certeza, à população da ilha do Maio e visitantes, sem contar, ajuntou, com um novo espaço na embarcação com cadeiras para acomodar turistas que queiram viajar ao ar livre.
Na ocasião, os jornalistas aproveitaram para questionar o ministro sobre o andamento do concurso de serviço público de transporte marítimo de passageiros e cargas, sobretudo a data da assinatura do contrato e sua entrada em vigor.
José Gonçalves explicou que o processo se encontra na sua fase final, neste momento em pós-avaliação da proposta, ou seja, de discussão do contrato de concessão.
“Nessa discussão teremos que ter a plena certeza de que todas as condições do caderno de encargo são respeitadas, e depois deve processar-se a assinatura do contrato que deve efectivar ainda antes do final do ano para arrancarmos 2019 com a solução que pretendíamos”, considerou o ministro.
Em relação aos armadores nacionais, cuja associação representativa da classe veio dizer recentemente que não vai entrar com os 25 % no capital social da empresa vencedora do concurso, Gonçalves disse que desde o início o Governo procurou o diálogo, informando “em primeira mão” a associação dos armadores sobre o estudo de viabilidade do serviço inter-ilhas.
“Estamos ainda confiantes de que vão apreciar porque há espaço para participarem com o mínimo de 25% no capital social “, concluiu.
Com Inforpress
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