BAD vai financiar ampliação da empresa de produção medicamentos Inpharma
Economia

BAD vai financiar ampliação da empresa de produção medicamentos Inpharma

 O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai financiar o projeto de ampliação da empresa de medicamentos de Cabo Verde Inpharma, que visa a construção de uma nova fábrica, orçada em 10 milhões de euros, foi hoje anunciado.

A informação foi avançada pelo vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, referindo que o compromisso foi assumido pelo presidente daquela instituição financeira, Akinwumi Adesina, durante a visita que efetuou à empresa cabo-verdiana de produção de medicamentos.

“Com a nova unidade fabril, a Inpharma vai ter maior capacidade produtiva e, consequentemente, maior capacidade para dar resposta às necessidades, tanto do mercado nacional, como dos mercados para onde exporta medicamentos. A nova unidade fabril permitirá também à Inpharma prestar serviços de produção para terceiros”, afirmou o também ministro das Finanças e do Fomento Empresarial de Cabo Verde.

“A Inpharma quer expandir para destinos de exportação considerados promissores, que vão permitir desenvolver relações comerciais mais consistentes nesses mercados, assim expandir o volume de negócios”, completou Olavo Correia.

Criada em 1991, a Inpharma exporta medicamentos e serviços sobretudo para os mercados africanos.

O presidente do BAD está em Cabo Verde para visitar projetos que fazem parte do portefólio no arquipélago, sendo que o ponto alto foi a inauguração, na quarta-feira, das obras de expansão e modernização do porto na ilha do Maio.

Desde que o BAD iniciou as operações em Cabo Verde, em 1977, já financiou 69 projetos no arquipélago, no valor global de 643 milhões de dólares, em setores que vão da energia aos transportes, passando pela saúde, agricultura, novas tecnologias e governança.

Na quarta-feira, o presidente avançou que a instituição está a preparar um financiamento de 40 milhões de euros para reforçar a produção alimentar em Cabo Verde, face à escalada de preços provocada pela guerra na Ucrânia.

“No momento, Cabo Verde gasta cerca de 28 milhões de dólares a importar alimentos para atender a essa indústria [turismo], e isso é algo que podem fazer imediatamente. Portanto, estamos planeando um coinvestimento de 40 milhões de euros. O BAD colocará 20 milhões de euros e outros doadores e parceiros o resto”, explicou Akinwumi Adesina, sobre este pacote de financiamento.

Avançou ainda que o conselho de administração do BAD prevê aprovar este mês um apoio de emergência a Cabo Verde no valor de 10 milhões de euros, para ajuda e segurança alimentar, como forma de apoiar o arquipélago a “lidar com consequências” da escalada de preços no mercado internacional provocada pela guerra na Ucrânia.

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