Pessoas desaparecidas. Equipa de investigação confiante que as crianças ainda estão vivas
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Pessoas desaparecidas. Equipa de investigação confiante que as crianças ainda estão vivas

O Procurador-Geral da República (PGR) afirmou, hoje, que o processo sobre desaparecimento de pessoas em Cabo Verde tem avançado do ponto de vista da investigação e que há índicos de que as mesmas possam estar vivas.

Óscar Tavares, que falava aos jornalistas, esta manhã, à margem da conferência “Combate à Criminalidade Organizada”, promovida pela Polícia Judiciária no âmbito das celebrações do 25º aniversário da instituição, assinalado a 12 de Maio, adiantou que o terceiro relatório intercalar, do qual teve acesso na quarta-feira, “indica que há indícios de que essas crianças ainda estão com vida”.

“O relatório efectuado pela equipa de Investigação Conjunta aponta que há avanços do ponto de vista da investigação, mas infelizmente não conseguimos atingir o principal objectivo que é recuperar as crianças e entrega-las às famílias”, disse Óscar Tavares, sublinhando que há questões que não podem ser divulgadas por segredo de justiça, mas que “a equipa de investigação está confiante de que as crianças ainda estejam vivas”.

O Procurador-Geral da República, assegurou que a resolução deste caso constitui uma prioridade e para tal estão a trabalhar arduamente com a cooperação internacional no sentido de recuperar as crianças e devolvê-las às famílias, mas também punir os responsáveis por esses actos.

“Estamos a trabalhar a nível da cooperação internacional porque não temos experiências nestes casos com esse nível de gravidade, trazer essa experiência do ponto de vista da investigação de países que têm meios, condições e outras possibilidades que nos podem auxiliar e é neste quadro que estamos esperançosos”, salientou indicando que a equipa tem partilhado informações a nível internacional através da rede da Interpol.

O primeiro caso de desaparecimento aconteceu em Agosto de 2017, com Edine Jandira Robalo Lopes Soares, 19 anos, que deixou a casa em Achada Grande Frente, alegando levar o bebé para o controlo no Programa Materno-Infantil (PMI), na Fazenda, sendo que até hoje, a mãe e filho continuam desaparecidos.

Em Novembro de 2017, Edvânea Gonçalves, de 10 anos, residente em Eugénio Lima, também desapareceu de forma misteriosa e até agora não se sabe do seu paradeiro.

O mais recente caso aconteceu a 03 de Fevereiro, onde Clarisse Mendes (Nina), de 9 anos, e Sandro Mendes (Filú), de 11, saíram de casa para ir comprar açúcar, em Achada Limpo, na Cidade da Praia, e não regressaram.

Devido à natureza dos processos, por despacho do PGR, foi criada uma equipa conjunta, composta por elementos da PJ e da PN, coordenada por um Procurador da República, para trabalhar exclusivamente nestes casos.

Com Inforpress

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