Ministério da Saúde investiga morte de cinco recém-nascidos no hospital de São Vicente
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Ministério da Saúde investiga morte de cinco recém-nascidos no hospital de São Vicente

A morte de cinco bebés recém-nascidos este mês no hospital de São Vicente, vai ser sujeita a uma auditoria por parte do Ministério da Saúde, anunciou hoje a tutela.

“Após tomar conhecimento de ocorrência de óbitos de cinco bebés recém-nascidos, no mês de maio, no serviço de neonatologia do Hospital Dr. Baptista de Sousa, e, pautando-se pela necessidade de esclarecimentos sobre as reais causas que levaram aos óbitos, o Ministério da Saúde, através de um despacho da ministra da Saúde manda instaurar um inquérito”, informou aquele ministério em comunicado.

De acordo com a mesma fonte, a investigação pretende apurar factos como os cuidados médicos, de enfermagem e de atendimento prestados às mães e aos bebés recém-nascidos, bem como as boas práticas de segurança e qualidade da prestação dos cuidados aos pacientes.

Também pretende apurar as causas que estão na origem das mortes dos bebés no nesse que é o segundo maior hospital do país, depois do Agostinho Neto, na Praia, e os procedimentos técnicos e administrativos adotados na emissão dos atestados de óbito e ainda na comunicação com os pais e familiares.

Para essa investigação, o Ministério da Saúde informou ainda que nomeou uma equipa de especialistas nas áreas de gineco-obstetrícia, neonatologia e enfermagem, composta por profissionais do Hospital Central da Praia e da Direção Nacional da Saúde, que deve apresentar um relatório, até final deste mês.

O caso foi noticiado no sábado pelo jornal local Mindelinsite, indicando que os cinco recém-nascidos faleceram no espaço de duas semanas no Hospital Dr. Baptista de Sousa, que também abriu um inquérito para apurar as causas.

Em fevereiro, a diretora do Serviço de Neonatologia do Hospital Baptista de Sousa (HBS), Cátia Costa, confirmou a morte de outros cinco bebés recém-nascidos no mês anterior, esclarecendo que as causas foram prematuridade e malformações congénitas.

As explicações foram dadas após conferência de imprensa do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), a denunciar um “aumento crescente” de mortes de recém-nascidos na quela unidade hospitalar na segunda ilha mais populosa do país.

De acordo com o relatório de Estatísticas Vitais de 2021 do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a taxa de mortalidade infantil, que contabiliza o número de óbitos de menores de um ano por cada 1.000 nascidos vivos, foi 10,5 em 2021 face aos 11,3 de 2020.

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