Sociedade

Apoiado pela mãe Carla Carvalhal, o sonho do jovem com Síndrome de Down tornou-se realidade quando se inscreveu na Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), em finais de Setembro, onde frequenta as aulas.

A certeza do seu sonho, sua força de vontade e determinação, segundo relata à Inforpress, é ter o seu próprio restaurante.

Na escola apesar de afirmar gostar dos seus colegas e professores, há momentos que diz sentir-se triste por pressentir que é “excluído”.

Carla Carvalhal, que apoia o filho na concretização do seu sonho, afirma que enquanto mãe entende “as dificuldades”, salientando que são “percepções que ele não tem”.

“Ele só se sente triste quando sente que o tratam diferente e/ou não lhe dão atenção. Ele não entende a maldade de algumas pessoas, mas sente triste quando sente que o excluem”, diz a mãe que informa que a intenção é que Anderson Luís Carvalhal Leite continue com mais formações até que esteja habilitado.

Carla Carvalhal afirma sentir as dificuldades que o filho passa para realizar o seu sonho de ser chef, realçou também, que o sistema educativo cabo-verdiano ainda não está preparado para as pessoas com deficiência intelectual.

Ressalta ainda que o que se vê é a integração das pessoas com deficiência e “não inclusão”, já que não existe um currículo e conteúdo específico nas escolas de formação profissional ou superior.

Revela ter escrito alguns professores para explicar sobre a dificuldade de leitura e escrita do filho, já que se trata de um jovem com Síndrome de Down e cujo método de leitura é diferente dos demais, e que houve professores que a responderam que o teste é de escolha múltipla.

Prossegue, frisando que Anderson Luís Carvalhal Leite não vai desistir dos seus sonhos apesar das dificuldades que possam atravessar no seu caminho.

* Actualizado às 18h51