Os deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) eleitos pelo círculo eleitoral de Santiago Norte constataram hoje escolas “degradadas e sem materiais” didácticos e pedagógicos nos municípios de Santa Cruz, Tarrafal e São Miguel.
A denúncia é do porta-voz dos parlamentares do PAICV, Carlos Rodrigues, que falava hoje à imprensa, em Santa Cruz, após uma visita às infra-estruturas educativas destes três municípios de Santiago Norte, no âmbito da preparação do debate com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sobre o poder local, e da interpelação com o ministro da Educação, Amadeu Cruz.
“Constatamos escolas degradadas e sem materiais didácticos e pedagógicos, situação que tem criado algum constrangimento no processo de ensino e aprendizagem. Por isso, apelamos ao Ministério da Educação e à Ficase para terem mais sensibilidade para com Santiago Norte, uma região em que as famílias têm muita dificuldade e onde a bolsa de pobreza é elevada”, declarou o parlamentar.
Tendo em conta que, segundo ele, a educação é um “pilar fundamental” para o desenvolvimento de qualquer país, região ou município, pediu investimento no parque escolar, que passa pela reabilitação, apetrechamento com materiais didácticos e pedagógicos, e ainda pela criação de salas de informática e laboratórios nos agrupamentos escolares da região.
“Se estamos a pensar na investigação e ciência há necessidade de termos agrupamentos apetrechados com salas de informática e laboratórios”, observou.
Se tal acontecer, os deputados do PAICV acreditam que os alunos da região Norte da ilha de Santiago vão estar em pé de igualmente com os demais do país.
Na ocasião, Carlos Rodrigues defendeu a construção de mais escolas em Santa Cruz, sobretudo na zona Norte, mais concretamente na zona administrativa de Cancelo, para que os alunos possam ter escolas mais próximo das suas casas, visando evitar deslocações ao centro da cidade.
Além dessas preocupações, avançou que os deputados eleitos nas listas do PAICV vão também levar ao Parlamento as reivindicações dos professores, que, segundo ele, estão “desmotivados” por não verem resolvidas as suas pendências, como promoções, progressões e pagamento dos subsídios pela não redução da carga horária.
A este propósito, apelou ao Governo para resolver tais pendências para que os docentes não voltem a congelar as notas, uma situação, que notou não tinha acontecido em Cabo Verde.
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