Política

"Com esta iniciativa altamente qualificada, [os médicos] deslocar-se-ão regularmente às diferentes ilhas para fornecer atendimento especializado, diretamente a quem precise", disse a governante, no debate parlamentar sobre a situação da saúde em Cabo Verde.

Filomena Gonçalves disse tratar-se de "uma iniciativa transformadora", que vai arrancar no dia 13 de dezembro, na ilha do Fogo.

A ministra da Saúde considerou que esta medida visa diminuir a transferência de doentes, a nível interno, para tratamentos especializados, no que é um dos "maiores desafios" do arquipélago.

"Esta abordagem não só otimiza o uso dos nossos recursos, mas também garante um direito fundamental à saúde, que seja efetivamente acessível a todos os cidadãos cabo-verdianos, independentemente da sua localização geográfica", sustentou.

Filomena Gonçalves realçou que o Governo está confiante no "impacto profundo" desta medida na qualidade de vida dos cidadãos, assegurando assim uma saúde "mais inclusiva e equitativa" em todo o território nacional.

Em julho, o presidente do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), Mário Fernandes, disse que Cabo Verde investiu mais de 2,5 mil milhões de escudos (22,6 milhões de euros) com transferências médicas, em três anos, tendo sido transportados quase 12 mil doentes.

Nesse período, foram transferidos, a nível nacional e internacional, um total de 11.686 doentes, sendo 2.873 em 2020, número que aumentou para 3.908 em 2021 e para 4.905 no ano passado.