
Cabo Verde subiu quatro lugares, para a 35.ª posição, no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 60 pontos na escala, e é um dos países africanos menos corruptos, segundo o relatório da Transparência Internacional.
A ONG aponta no seu relatório anual divulgado esta terça-feira, 31, que Cabo Verde é, juntamente com o Botsuana, depois das Seicheles, um dos países menos corruptos do continente africano.
Segundo o documento, "as reformas do sector público também mantiveram Cabo Verde como artilheiro da região. O país aplicou várias medidas para aumentar a transparência nas transações governamentais e comerciais, de acordo com seus compromissos de Open Government Partnership".
A tendência nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de três pontos, e considerando os últimos 10 anos, manteve os mesmos de agora: 60.
Angola manteve a tendência dos últimos anos no combate à corrupção, subindo para o 116.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório divulgado esta terça-feira (31.01).
A edição deste ano do Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional, mostra que em termos estatísticos, Angola subiu 20 lugares no CPI de 2021 relativamente ao deste ano, fixando-se no 116.º lugar entre 180 países e territórios.
"O compromisso contínuo do Presidente João Lourenço de erradicar a corrupção sistémica no país está a surtir efeito, inclusive por meio de leis mais rígidas", destaca a Transparência Internacional, sublinhando que Angola apresentou uma "melhoria significativa nos últimos anos", ganhando 14 pontos desde 2018.
Também Moçambique subiu no Índice de Perceção da Corrupção, cinco lugares, para o 142.º, alcançando 26 pontos na escala, mas o relatório da Transparência Internacional alerta para a falta de liderança nas forças armadas.
São Tomé e Príncipe subiu três lugares, para a 65.ª posição, no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 45 pontos, e é o 7.º país menos corrupto do continente africano.
A Guiné-Bissau foi o único País de Língua Portuguesa (PALOP) a descer no Índice de Perceção da Corrupção, dois lugares, para o 164.º, alcançando 21 pontos na escala de 0 a 100.
Segundo a Transparência Interacional, a tendência da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de cinco pontos, mas considerando os últimos 10 anos perdeu quatro.
O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da perceção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.
Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percecionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
No passado 27 de Janeiro, a Organização Não-Governamental Freedom House emitiu um relatório relativo ao ano de 2022 onde Cabo Verde é considerado mais uma vez o País mais livre de África.
“Cabo Verde é uma democracia estável com eleições concorrenciais e transferências periódicas de poder entre partidos rivais, as liberdades civis são genericamente protegidas, mas o acesso à justiça é dificultado por um sistema judicial demasiado burocrático, e o crime continua a ser uma preocupação”, escrevem os activistas na descrição do país, que recebeu uma pontuação de 92 em 100 possíveis.
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