O Governo confirmou hoje as duas vítimas do Paludismo no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), tendo avançando que as investigações continuam no sentido de detectar se são casos autóctones ou importados de outros países.
Em conferência de imprensa na cidade da Praia para uma declaração ao país sobre o combate à dengue, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, assegurou que Cabo Verde continua a ser um país livre do paludismo e que tem garantido todo o processo de prevenção e redução de riscos.
De acordo com o chefe do executivo, o país tem estado exposto a epidemia da dengue com particular incidência na Praia, São Filipe e nos Mosteiros, ilha do Fogo, e que devido ao período das chuvas, foi mobilizado, através do Fundo Nacional de Emergência, o montante de 15 mil contos para o financiamento e investimentos no plano de acção de combate à epidemia.
Mediante a formulação do Serviço Nacional de Proteção Civil, realçou que o Programa de Acção de Prevenção e Combate à Dengue tem sido executado no domínio do saneamento, através de campanhas de limpeza, do controlo químico do mosquito, da pulverização e de acções de informação e sensibilização nas comunidades.
O chefe do Governo garantiu que vão ser reforçadas as ações de eliminação de focos de viveiros de mosquitos, com campanhas de pulverização dentro e fora das residências nos centros e nos bairros periféricos.
Fecho e diminuição de pardieiros, recolha de pneus abandonados e reforço da comunicação de risco, com particular incidência na Praia, são outros mecanismos de prevenção implementados pelos agentes de saúde.
“É preciso que todos, instituições públicas, municipais, governamentais, organizações da sociedade civil, igrejas, parceiros sociais e cada cidadão se empenhem com determinação no sentido de uma responsabilização colectiva no combate a dengue”, advertiu, apelando à colaboração das pessoas nas campanhas de pulverização.
Segundo Ulisses Correia e Silva, manter as limpezas diárias dos bairros, localidades, encostas e vias públicas são essenciais para evitar a proliferação da epidemia no país.
“Se transformarmos estas ações em rotinas diárias de prevenção, e se os serviços municipais forem eficazes e eficientes, não tenho dúvidas de que tornaremos as condições ambientais mais difíceis ao mosquito e à sua reprodução”, defendeu.
Conforme destacou, o trabalho contínuo de prevenção, vigilância e controlo de vectores relacionados com a transmissão por mosquitos é fundamental e necessário para a prevenção permanente e, sobretudo, enalteceu, neste contexto das alterações climáticas.
“Temos todas as condições para fazer e colocar Cabo Verde dentro daquilo que é o quadro já declarado no País livre do paludismo. Significa continuar a fazer a mesma ação de prevenção e tornar Cabo Verde um país livre da dengue”, concluiu.
Cabo Verde continua fustigado por uma epidemia de dengue e o boletim informativo diário de segunda-feira,11, indicou o registo de 107 novos casos confirmados de dengue, 118 casos suspeitos, e um hospitalizado e passa a contabilizar um total de 13.934 casos acumulados e cinco óbitos acumulados.
Os casos confirmados são da Praia (21), Ribeira Grande de Santiago (12), São Domingos (cinco), São Miguel (um), Santa Cruz (46), São Lourenço dos Órgãos (oito), e São Vicente (14), sendo que um hospitalizado foi registado na cidade da Praia.
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