Ilha do Sal ganha plano de ordenamento da Orla Costeira e do Mar Adjacente
Economia

Ilha do Sal ganha plano de ordenamento da Orla Costeira e do Mar Adjacente

A ilha do Sal, principal polo turístico de Cabo Verde, conta a partir de hoje com um Plano de Ordenamento da Orla Costeira e do Mar Adjacente, que ambiciona regulamentar o equilíbrio entre conservação e investimentos.

“No desiderato de garantir o equilíbrio dos ecossistemas e da biodiversidade que até agora se encontram bem preservados na ilha, perante a carga antrópica e a transformação do território que se avizinham”, o documento “vai permitir um planeamento efetivo e uma gestão correta da faixa da orla costeira e do mar adjacente”, lê-se no preâmbulo da portaria publicada em Boletim Oficial e que entra hoje em vigor.

No plano determinam-se “as áreas de vulnerabilidades e de riscos, regulamentando os critérios de ocupação e implantação de infraestruturas, salvaguardando e protegendo os recursos e valores territoriais, ambientais e patrimoniais”.

Composta por uma série de peças gráficas ilustrativas, a documentação permite “quantificar as praias, baías, arribas, enseadas, de entre outros elementos considerados de importância estratégica por razões económicas, ambientais ou turísticas e ainda orientar o aproveitamento dos recursos marinhos identificados”.

Cabo Verde recebeu 1,2 milhões de hóspedes em 2024, um número recorde concentrado na ilha do Sal com turistas europeus que visitam “resorts” junto às praias em regime “tudo incluído”.

A procura está a crescer com a abertura de novas rotas aéreas, exigindo mais investimentos: um inquérito anual do grupo W Hospitality a cadeias hoteleiras em África, coloca, este ano, Cabo Verde como o quinto país na lista das empresas do setor que apostam em novos projetos. 

“A ilha do Sal está em processo de transformação, o que torna pertinente a escolha acertada de estratégias que combinem os atrativos ambientais com as necessidades do desenvolvimento turístico e económico da ilha”, aponta-se na introdução do plano. 

Nesta altura, “instrumentos de ordenamento do território são decisivos para que haja uma evolução sustentável e positiva”, conclui-se.

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