Colunista

O MpD semeou a semente de seu próprio fracasso com a nomeação do Ulisses Correia e Silva à testa do Governo em 2016.
 

1. Empolgado com o cargo de Primeiro Ministro em 2016, UCS apadrinhou um conjunto de candidatos de duvidosa capacidade política e eleitoral para as eleições municipais daquele ano.

2. Ulisses foi o patrocinador e fiador dos candidatos ventoinhas em 2016 se apresentando nos cartazes, outdoors e folhetos em ponto grande como dono da candidatura e, residualmente, apareciam parte da foto dos candidatos.

3. Com essa jogada de marketing, os rabentolas conquistaram 20/22 Câmaras Municipais, correspondendo a 90,90% das CMs enquanto o PAICV ficou acantonado em 02/22 CMs, correspondendo a 9,10% das CMs, em 2016.

4. A fragilidade da manobra das candidaturas ventoinhas era de tal grandeza que logo nas eleições seguintes, de 2020, o povo reprovou seis das vinte dessas candidaturas mascaradas de Ulisses rebaixando a composição do poder autárquico em 14/22 CMs para o MpD correspondendo a 63,6% das CMs e aumentando para 8/22 CMs para o PAICV, correspondendo a 36,4% das CMs.  

5. Nas últimas eleições autárquicas de 2020, a taxa de desempenho eleitoral comparada entre os dois principais partidos políticos MpD e PAICV é muito desigual: enquanto o MpD teve 70% de efetividade eleitoral, ou seja, das candidaturas apresentadas onde  já era governo (20/22), conseguiu re-eleição em sete de cada dez candidaturas apresentadas e foi derrotado em 30% das tentativas de re-eleição. Diferentemente, onde o PAICV era governo (02/22) obteve 100% de sucesso, conseguindo re-eleger os seus dois governos locais e teve a proeza de conquistar mais seis CMs que eram governadas pelos ventoinhas, consequentemente, tendo um crescimento eleitoral de 300%, relativamente, ao seu ponto de partida, em (2016-2020) quando detinha duas CMs.

6. Traduzido em outras palavras, seria como se o MpD, num jogo de futebol, fosse marcar penaltis  e que de cada três penaltis marcados falhasse um e da parte do PAICV conseguisse converter todos os penaltis marcados em golos e ainda conseguisse marcar golos de falta, golos de marcação de canto e até de ponta-pé-de-baliza e golos de bola corrida!

7. Os rabentolas perante as derrotas eleitorais sofridas em 2020 resolveram corrigir o tiro de partida e eles mesmos reprovaram por antecipação quatro dos seus 14 titulares de CMs para tentarem minimizar as previsíveis derrotas em 2024 e substituindo-os por outras caras.

8. O todo poderoso Ulisses, herói das campanhas de 2016, foi rigorosamente banido dos cartazes e outdoors, em 2024, e recomendado o seu resguardo para evitar contaminar e prejudicar os candidatos rabentolas com a péssima imagem que ele representa de um Governo decadente e muito mal avaliado.  

9. O padrão administrativo autárquico rabentola já foi apresentado, sufragado e reprovado nas eleições de 2020, especialmente, na Praia, onde concorreu Óscar Santos, o imediato de Ulisses, e foi, competentemente, derrotado por Francisco Carvalho (PAICV). Os modelos sobreviventes tiveram ainda pior desempenho, como o exemplo típico da CM de Santa Catarina de Santiago onde a avaliação é tão negativa até na opinião dos próprios ventoinhas e na CM de São Vicente onde a administração ficou suspensa e inoperante durante todo o mandato por causa dos conflitos e dificuldades encontradas na coabitação política.

10. Os eleitores estão muito descontentes com o Governo do MpD por causa das promessas não cumpridas, pelo mau desempenho do executivo e pelos abusos e arrogância dos dirigentes contra os professores, profissionais de saúde, oficiais de diligências, policias e guardas prisionais e a população em geral.

No Dia 01/12/24 o povo deve julgar esse mau Governo do MpD com a reprovação de seus candidatos nas urnas “sem djobi pa lado”!