Como celebrar a liberdade e a democracia se o povo tem receio de se expressar livremente, e a voz da censura é ouvida em todas as esquinas, tentando impedir as contribuições dos mais qualificados da nossa sociedade, para que possamos ter uma governação mais eficiente e um país mais próspero? Quero chamar a atenção para um fato muito importante, que não podemos ignorar: “O poder permanece forte quando está no escuro; exposto à luz do sol, começa a evaporar-se!”
Como celebrar a liberdade e a democracia se a grande besta (a massa) está presa na jaula?
Eu não tenho motivos para celebrar a liberdade e a democracia, quando os nossos governantes exigem que o povo seja passivo, obediente e submisso.
Desculpem-me, mas a nossa democracia é uma vergonha, pois há obstrução à participação da sociedade civil na política do país, e o consentimento da massa é apenas superficial. Parece que não somos melhores juízes dos nossos próprios interesses.
Aqueles que supostamente nos governam defendem com ações, palavras e omissões que as massas devem ser controladas para o seu próprio bem. É muita hipocrisia! E ausência flagrante do sentido ético no tratamento de questões fundamentais para a vida em sociedade.
É um contrasenso estranho e inaceitável. Celebramos a liberdade e a democracia, mas os nossos governantes não respeitam o interesse público, priorizando os seus interesses privados e manipulando as opiniões da população.
Não tenho motivos para celebrar a liberdade e a democracia, uma vez que o meu país atravessa um momento em que a ação do Governo demonstra que este órgão executivo do poder do Estado está incomodado com as interferência e a liberdade do povo, tratando a população como sendo intrometida e ignorante, a quem reserva-se o direito de apenas ver as coisas acontecendo, sem qualquer oportunidade de participação ou reclamação, exceto nas eleições periódicas.
Nas democracias, os detentores de cargos políticos não podem temer o povo que os elegeu. O poder político deve ser exercido em nome da população, e isso não significa que a população deve se abster de opinar ou se fazer ouvir. Pelo contrário, como membros do Estado, os cidadãos usufruem de direitos civis e políticos, que se traduzem em ações concretas, entre as quais a manifestação de seus anseios, reivindicações, necessidades e sugestões/opiniões. A participação popular não pode se reduzir ao voto nas eleições.
Em um país que celebra a liberdade e a democracia, não pode haver obstrução à participação da sociedade civil na política, especialmente no processo de escrutínio (para eleger e ser eleito) enquanto meio não só para combater os falhanços e as mentiras dos “gestores” do poder, mas também enquanto oportunidade melhorar a administração do país.
A grande besta deve escapar da sua jaula! Não devemos conviver de forma passiva com o que está acontecendo em nosso país, permitindo que a situação se naturalize e permaneça. Só conseguiremos desmontar as mentiras públicas com o exercício de uma cidadania ativa, atuante e esclarecida. Todos temos a obrigação e o direito de sermos ativos participantes da vida política do país, não apenas no momento de ir às urnas, e sim, em todos os momentos e etapas de edificação do nosso país.
Como celebrar a liberdade e a democracia se o povo tem receio de se expressar livremente, e a voz da censura é ouvida em todas as esquinas, tentando impedir as contribuições dos mais qualificados da nossa sociedade, para que possamos ter uma governação mais eficiente e um país mais próspero?
Quero chamar a atenção para um fato muito importante, que não podemos ignorar: “O poder permanece forte quando está no escuro; exposto à luz do sol, começa a evaporar-se!”
Comentários
Djosa Neves, 17 de Jan de 2025
Os sistemas partidários instalados, que se subsequentemente controlam os órgãos do poder são os principais culpados pelo status quo da nossa sociedade. Estes replicam a regras partidárias de subserviência e obediência nas instituições do Estado, onde o mérito não tem voz, mas quem é "sim senhor" faz a escalada social à custa dos nossos impostos. A Fera precisa libertar-se e quebrar as algemas destes sistemas obsoletos e necrófagos.
Adão Cardoso, 17 de Jan de 2025
A fera precisa, com urgência, libertar-se da jaula do medo de retaliação, do conformismo e da descrença de que o país pode melhorar. Esses grilhões são os maiores obstáculos para a mudança real e duradoura. O medo de represálias, muitas vezes alimentado por um sistema opressor, paralisa a vontade de lutar por um futuro melhor. O conformismo, por sua vez, cria uma aceitação passiva das circunstâncias, deixando as pessoas à mercê das adversidades sem a coragem de agir.Responder
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Casimiro centeio, 16 de Jan de 2025
Caro Amigo! Nunca tenho visto ou ouvido falar de um modelo de democracia que se rima com a censura, medo, manipulação política e emocional, retaliação, perseguição política, ROUBOS,intransparência, corrupção, oportunismo, mudancis, demagogia,mentiras refiláveis,regabofadas, esbanjamento público, despotismo, em fim, uma democracia cavalgada por um governo sebáceo, no meio de um povo economicamente cadavérico !
Adão Cardoso, 17 de Jan de 2025
Caro amigo, uma coisa é certa: a fera está à espreita. Ela não dorme, ela observa, esperando o momento certo para romper com as correntes que a aprisionam. O momento de despertar é agora, é necessário que a fera se liberte e se erga com toda a sua força, pronta para desafiar a realidade imposta e transformar o medo, o conformismo e a descrença em ações concretas de transformação. A liberdade começa com a coragem de agir e a confiança de que a mudança é possível!Responder
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Wilson Garcia, 16 de Jan de 2025
Meu Caro Adão Cardoso
Cabo Verde está perante uma dispneia na sua democracia, o importante não é se o povo vota mais se o povo governa, ainda na minha opinião neutra creio que brevemente pronunciarei sobre o distino do país e qual seja a medida que o povo deve tomar!
Adão Cardoso, 17 de Jan de 2025
É verdade pastor Wilson!O momento de despertar é agora.
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