Manipulação de imagens. Janira vai queixar-se na PGR e na Comissão de Protecção de Dados
Política

Manipulação de imagens. Janira vai queixar-se na PGR e na Comissão de Protecção de Dados

Janira Hopffer Almada vai apresentar uma queixa na Comissão Nacional da Protecção de Dados e na Procuradoria-Geral da República, para se apurar as responsabilidades e punir os culpados da manipulação das suas imagens tornando-as obscenas, anuncia o PAICV em comunicado de imprensa.

Na nota, o PAICV condena e manifesta a sua “indignação e repúdio pela baixa política” com a montagem e manipulação de imagem da presidente do partido, Janira Almada.

Segundo o partido, o país precisa de todos num ambiente de um “profundo respeito pela liberdade” de cada um poder livremente ter a sua escolha e preferência, “sem condicionamento de qualquer tipo” e sem “atitudes que condicionam as pessoas” a exercerem a cidadania cívica e política.

O PAICV defende ainda que a política é um acto nobre que não compactua com ofensas e ataques à integridade física e moral dos que abraçaram a política e decidiram dar a sua contribuição para o crescimento e o desenvolvimento do país, por isso condena tal pratica.

“O PAICV condena de forma veemente e enérgica a infâmia que é colocar nas redes sociais montagens de obscenidades, de origem bem identificada, tentando atingir e desmoralizar a líder deste partido, que tanto fez para ver estas terras a fazer história e a vencer com dignidade os desafios do progresso e da melhoria das condições de vida das pessoas”, lê-se no documento.

O maior partido da oposição classifica este acto de “um ataque baixo e inqualificável,” nunca antes visto em Cabo Verde, contra um dirigente político e que deve merecer o repúdio e a indignação de todos.

“Cabo Verde não merece esta forma de fazer política e os cabo-verdianos, este povo pacífico, nunca sufragou esta atitude rasteira de tentar atingir as pessoas na sua honra e na sua dignidade”, prossegue a mesma nota, que diz ainda que “esta baixaria, agora inaugurada para condicionar o exercício da actividade política”, deve ser denunciada e condenada de forma enérgica e “sem qualquer reserva” para não fazer escola e “ser uma arma de liquidação” dos adversários políticos.

O Partido assevera ainda que todos os cidadãos têm direito a ser tratados de forma a se sentirem estimulados a trabalhar sem que a sua imagem seja “vilipendiada e atingida desta forma vil, torpe e irresponsável, beliscando a dignidade pessoal e de toda a família” que tem direitos consagrados na Constituição da República.

Em jeito de conclusão, o PAICV reitera em nota que vai continuar a lutar, por todos os meios, para “repor o bom nome” da sua líder e apela a todos os partidos políticos a se “demarcarem desta forma baixa de fazer política” e a instruírem os seus militantes a “desistirem deste caminho tortuoso de impedir que se faça política com elevação, honorabilidade e responsabilidade.”

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