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Libertação de Alex Saab pode normalizar as relações entre os EUA e Venezuela - Ulisses Correia e Silva
Política

Libertação de Alex Saab pode normalizar as relações entre os EUA e Venezuela - Ulisses Correia e Silva

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva considerou hoje que a libertação do empresário Alex Saab, extraditado de Cabo Verde em 2021 para os Estados Unidos pode contribuir para normalizar as relações entre os Estados Unidos da América e a Venezuela.

"É uma decisão do Governo americano, mas representa um passo, segundo a informação que me foi fornecida, para a normalização das relações entre os Estados Unidos da América e Venezuela, o que esperamos que venha a acontecer na sequência deste passo importante", afirmou Ulisses Correia e Silva, na Praia.

O chefe do Governo sublinhou que houve prisioneiros americanos em Venezuela que foram libertados e que isso "pode criar um ambiente diplomático para a normalização das relações entre estes dois países”.

"Cabo Verde fez aquilo que lhe competia, particularmente o sistema judicial produziu o seu trabalho, nós estamos a acompanhar este processo porque creio que o importante é que os países se relacionem e que as questões que dividem possam ser resolvidas e que a normalidade possa voltar a reinar na relação estável entre esses dois países", referiu.

Os Estados Unidos libertaram esta quarta-feira o colombiano Alex Saab, suposto testa-de-ferro do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em troca da libertação de vários venezuelanos e norte-americanos detidos no país sul-americano.

Saab, preso em Miami desde outubro de 2021, chegou a Caracas às 15h55 locais e seguiu diretamente para o palácio presidencial de Miraflores, onde foi recebido com abraços por Maduro.

Este colaborador próximo do Presidente venezuelano foi preso em junho de 2020 em Cabo Verde e extraditado em outubro de 2021 para os Estados Unidos, onde enfrentou acusações federais por alegada lavagem de até 350 milhões de dólares (318,3 milhões de euros), com alegados esquemas fraudulentos.

Saab, de 51 anos, foi retirado de um jato privado durante uma escala para abastecimento de combustível em Cabo Verde, a caminho do Irão, para onde foi enviado para negociar acordos petrolíferos em nome do Governo de Maduro.

Segundo o executivo de Maduro, Saab ia ao Irão para comprar alimentos e material médico quando foi detido em Cabo Verde.

Em troca do regresso de Saab à Venezuela, Washington conseguiu a libertação de dez norte-americanos detidos no país sul-americano.

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