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Contra o fundamento de um povo. A sua Língua! A sua História!

Os factos falam por si. Hoje o crioulo[1] subsiste, para além das comunidades do Oriente, a par da sua decadência linguística e seu esvaziamento sociocultural, com enorme vitalidade e um futuro[2] garantidíssimo em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.

Os Desafios de Santiago

«Porventura é para já a ativação de uma nova via política para assegurar a boa regionalização de Santiago, a instalação das condições de desenvolvimento incondicional das atividades ligadas ao mar, turismo, negócios e ordenamento do território e implementação (já em atraso) dos epicentros das plataformas previstas para a ilha»

Seca. Quase metade da verba do programa de emergência já foi gasta

Os parceiros de Cabo Verde já desembolsaram 880 mil 520 contos dos 1,2 milhões de contos escudos do orçamento para o programa de emergência para atenuar os efeitos da seca e do mau ano agrícola. Desse montante, 48,3% já foram utilizados, ou seja, quase metade do total disponível.

PAULITO (continuação – 12ª Parte)

LVIII CENA

Palavras de amizade para Carlos Vaz na apresentação do livro de poemas “Escritos no silêncio”

Conheci o Carlos Vaz nos miraculosos anos oitenta do século passado, na cidade da Praia. Digo miraculosos porque foram tempos muito especiais, irrepetíveis na sua especificidade epocal. Desde logo, pela sua efervescência e pelos sinais de mudança que deles evolavam. Esses sinais eram por demais visíveis não só na vivacidade pós-laboral dos debates na Praça Grande da Cidade da Praia, onde se reunia a nata dos quadros cabo-verdianos recém-regressados dos estudos, no cada vez mais assíduo convívio com os panfletos nocturnos e na proliferação de grupos e movimentos...

Dona Casa

Era uma vez, uma senhora muito bonita, que se chamava Dona Casa, e contava histórias de encantar, para crianças e adultos. As pessoas do lugar lembravam-se bem dela, porque costumava estar cheia de crianças, ao fim da tarde, no tempo em que só havia a luz da Lua, ou o escuro em breu. Naquele tempo, sobrava tempo à tarde e sobrava tempo à noite, para crianças e adultos. E todos eram muito felizes.

O Pelé da minha infância!

Estive a ver velhos vídeos de futebol, sem inicialmente entender o porquê de um sentimento nostálgico, uma procura errática de qualquer coisa. De repente estava a ver Pelé em campo, fintando tudo e todos. E foi imediato! A semelhança é enorme com um miúdo ligeiro, com as mesmas pernas arqueadas, uns pés sem limites para a fantasia. Cada gesto felino, milimétrico, perfeito. Driblava tudo e todos, enquanto sorria divertido, maroto, como se tudo fosse do mais banal e simples, quase sem compreender como é que ninguém sabia pará-lo.