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A imortalidade em tempos de pandemia. Apontamentos avulsos de um confinado por mor da vigente situação de calamidade pública sanitária VI

SEXTAS E PENÚLTIMAS ANOTAÇÕES ELABORADAS, SISTEMATIZADAS E COMENTADAS EM MODO VAGAMENTE ENSAÍSTICO PARA A VEEMENTE E DESCOMPLEXADA LOUVAÇÃO DO COSMOPOLITA BILINGUISMO DO POVO CABOVERDIANO

Cabo Verde e a sua lacuna identitária: Epistemologia de ausência*

Essa discussão marca uma diferença estabelecida no cerne da minha própria identidade, por ter nascido, crescido e vivido uma parte da minha vida num espaço ambíguo, na qual, o colonialismo português, feriu gravemente a existência de um povo, roubando-os seus recursos naturais (material e humano), reprimindo-os com trabalhos escravos e de capatazia, plantando discórdia no seio das suas comunidades, asfixiando as suas narrativas com as falsas histórias, assim, quebrando o elo harmônico desse povo com o jogo de classe, deixando o mesmo com a crise da identidade.

Crónica-testemunho II

Escrevo a segunda parte desta crónica no dia 25 de abril, o dia das liberdades. Um marco mui impulsionado pelos aguerridos combatentes das matas da Guiné e sob a liderança insofismavelmente genial do Eng. Amílcar Lopes Cabral. Este que tinha como indefetível braço-direito um outro polido diplomata e homem de estado, o primevo presidente da nossa terra, Aristides Maria Pereira. Um nativo da fabulosa ilha da Boa Vista e com metade de ancoradouro familiar em fecundo São Miguel de magno Santiago. Uma data cabrestantemente prodigiosa e que devia ser feriado em todos os Países da Língua...

Crítica e “ser patriota” neste tempo

“Existe um debate nas ciências sociais sobre se a verdade e a qualidade das instituições de uma dada sociedade se conhecem melhor em situações de normalidade, de funcionamento corrente, ou em situações excepcionais, de crise”

Um olhar sobre a política externa em tempos de crise. Que respostas?

O objectivo deste artigo de opinião é trazer para a esfera pública algumas notas para a reflexão crítica sobre a política externa de Cabo Verde, no atual contexto internacional, marcado pela pandemia de COVID-19 e dar novas pistas para a configuração da diplomacia cabo-verdiana, num tempo de iminente mudança da geopolítica mundial.

Dr. Vieira Lopes. Herói e mártir!

1- A morte é tão estúpida que não consegue entender que há Grandes Homens em relação aos quais é sempre demasiado cedo para serem tornados “Finados”, posto que grandes obras, sociais, políticas, cívicas, jurídicas e poéticas podem ficar por concluir. É o caso do ilustre Dr. Felisberto Vieira Lopes, cujo brilhante percurso e altamente meritório trabalho que nos legou alguns querem ofuscar ou esmagar pela mentira.

Felisberto Vieira Lopes. Um génio ímpar*

Tinha uns dez anos. Ele me convidou se eu queria acompanhá-lo em um passeio. Nossa, que alegria! Era um convite irrecusável. Claro que eu queria.