...Austelino, pelo percurso e maquinações políticas, corre um mais que previsível risco de, ao fechar das urnas nas próximas eleições autárquicas, matar a sua carreira política num só dia! Tudo se paga cá, é a vida.
Há gente que passa a vida em cima do muro, tentando mostrar aquilo que não é e aproveitando as oportunidades para subir na política sem grande canseira, mantendo sempre um ar cândido e aquela brandura tipo algodão doce…
Raramente partem para o embate direto, preferindo manter aquela pose discreta debaixo dos panos, aproveitando o melhor momento para cair em cima da vítima, ou do alvo (como quiserem).
O melhor disfarce para este tipo de gente é o apelo constante a supostos valores morais e à ética, para iludir os tontos e continuar a brilhar em cima do muro.
Partidocracia entranhada
Vem isto a propósito da mais recente entrevista do presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, onde - populista como sempre - invetiva contra os partidos (como se ele não tivesse a partidocracia entranhada no seu ser mais profundo, e disso sempre se tenha alimentado), a propósito da nomeação (que tarda) dos órgãos externos ao parlamento. Sentindo-se angustiado com a situação, Austelino (sempre em cima do muro) acusa os partidos de não se focarem na representação pública…
Olha quem fala! Sem qualquer controlo público - vai uma inspecçãozinha? -, o presidente da Assembleia Nacional vem usando recursos do seu gabinete para a reiterada peregrinação política em Santa Catarina, dando uma forcinha ao seu candidato de estimação.
Mas não se fica por aqui: Austelino, que é também um especialista em conspirações, ainda o falecido Beto Alves não tinha sido desligado da máquina, já andava pressionando, envenenando e minando o percurso da atual presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, abrindo caminho ao seu queridinho de estimação. Uma pressão, aliás, que se manteve, era já ele presidente da Assembleia Nacional, e durante todo o mandato, o que ilustra bem o alto apreço que Austelino tem pelo seu cargo de segunda figura do Estado…
Quando se fala em moral e ética, ou se envereda pela retórica suprapartidária, há pessoas que deveriam estar caladas…
E Austelino, pelo percurso e maquinações políticas, corre um mais que previsível risco de, ao fechar das urnas nas próximas eleições autárquicas, matar a sua carreira política num só dia!
Tudo se paga cá, é a vida.
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