São Vicente: Consumir bens essenciais já custa 24 mil escudos mensais por pessoa – Adeco
Economia

São Vicente: Consumir bens essenciais já custa 24 mil escudos mensais por pessoa – Adeco

A Associação para a Defesa do Consumidor (Adeco) informou hoje que o preço de bens essenciais em São Vicente sofreu um aumento de 11,1 % e passou a custar para cada consumidor um valor de 24.305 escudos.

De acordo com o relatório do Índice de Consumo Essencial (ICE) calculado mensalmente pela Adeco, apesar do aumento do salário mínimo o ano novo trouxe novos aumentos para o bolso dos consumidores cabo-verdianos porque aumentaram os preços da energia elétrica e da botija de gás, mas a renda de casa foi o item que sofreu impactos “mais significativos” para os consumidores.

“Um cabaz de bens essenciais na ilha de São Vicente está a custar mais 2.424 escudos do que no mês anterior, para um consumidor saudável. Os produtos alimentares abrangidos pelo ICE registaram também um acréscimo, de 2,3 %, mais 322 escudos do que no mês de passado. Mesmo com os ajustes nos salários mínimos nacionais, o impacto não é expressivo”, lê-se no relatório

De acordo com o mesmo documento da Adeco, o défice entre as despesas básicas e o salário da função pública é de 34,2 % e do sector privado de 38,3 %.

“Em janeiro de 2023, o cabaz de bens essenciais, composto por seis itens, custava 20.771 escudos. Um ano depois custa mais 3.534 escudos. Essa diferença vai afectar sobretudo as famílias e pessoas mais pobres”, considerou a mesma fonte.

Para a ilha do Sal, de acordo com o ICE, calculado mensalmente, registou-se em Janeiro deste ano um aumento na ordem de 13,2 %, tendo atingido o valor de 34.635 escudos.

Ou seja, clarificou, um cabaz de bens essenciais na ilha do Sal está a custar mais 4.052 escudos do que no mês anterior, para um “consumidor saudável”.

Ainda conforme o mesmo documento, nessa ilha, os produtos alimentares abrangidos pelo ICE registaram uma “ligeira descida”, na ordem de 0,3 %, menos 51 escudos do que no mês de passado.

Conforme a Adeco, mesmo com os ajustes nos salários mínimos nacionais, o impacto não é expressivo no custo de vida dos consumidores.

Isto porque, explicou, o défice entre as despesas básicas e o salário da função pública é de 53.8 % e do sector privado é de 56.7 %.

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