As exportações cabo-verdianas caíram 18,1% em 2017, totalizando cerca de 4,8 milhões de escudos (cerca de 44,3 milhões de euros), enquanto as importações cresceram 16,3%, segundo os dados provisórios do Comércio Externo divulgados hoje.
De acordo com os resultados do Instituto Nacional de Estatística (INECV), no ano de 2017, tanto as importações (16,3%), como as reexportações (74,8%) tiveram evolução positiva, enquanto as exportações evoluíram negativamente (-18,1%), em relação ao período homólogo.
No mesmo período, o défice da balança comercial aumentou (19,7%) e a taxa de cobertura diminuiu em 29,6 pontos percentuais.
A Europa continua a ser o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 96% do total das exportações cabo-verdianas, com a Espanha a liderar a lista de países compradores ao concentrar 70,8% do total das exportações.
Portugal ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações, com 24,8%, aumentando em 5,6 pontos percentuais em relação ao ano de 2016.
Entre os produtos, mais exportados por Cabo Verde estão os preparados e conservas de peixes (54,5%), peixes, crustáceos e moluscos (19,9%, registando uma queda de 18,3 pontos percentuais em relação a 2016) e vestuário (13,0%).
Estes três produtos representaram 87,4% do total das exportações.
No mesmo período, as importações de Cabo Verde registaram um acréscimo de 16,3%, totalizando 10.822 mil milhões de escudos (91,1 milhões de euros) face ao ano anterior.
O continente europeu continua a ser o principal fornecedor de Cabo Verde com 78,8% do montante total, seguido da Ásia/Oceânia (10,0%), América (5,4%), África (4,0%) e o Resto do Mundo (1,8%).
Portugal lidera entre os fornecedores, com 42,9% do total, tendo as importações caído 3,6 pontos percentuais relativamente a 2016.
Seguem-se a Espanha e Itália, com 12,6% e 6,1%, do total das importações, respetivamente.
Os bens de consumo continuam a ser a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde, representando 42,6% do total das importações, mesmo tendo registado uma diminuição de 2,8 pontos percentuais face a 2016.
Reatores e caldeiras, combustíveis, têxteis, bebidas alcoólicas, cimentos, arroz, leite, veículos automóveis e ferro foram os principais bens importados.
O INECV revelou também hoje o índice de preços do comércio externo que dá conta de uma taxa de variação anual de 4,3% do preço das importações, mais 10,3 pontos percentuais face ao registado no ano anterior.
A taxa de variação anual registada no índice de preços na exportação foi de -8,5%, diminuindo 2,1 pontos percentuais face ao valor registado no ano 2016.
Com Lusa
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