Victor Osório afastado da Federação Cabo-verdiana de Futebol
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Victor Osório afastado da Federação Cabo-verdiana de Futebol

Assembleia geral da FCF confirmou este sábado, 19, a queda de Victor Osório do cargo de presidente da direcção do órgão máximo de futebol nacional. O jornalista José Mário Correia anunciou já a sua candidatura ao cargo.

Victor Osório, presidente da Federação cabo-verdiana de Futebol, não passou hoje na Assembleia geral da FCF. Os dirigentes das associações regionais, que compõem a Federação, aprovaram esta sábado a queda da direcção da FCF, com nove votos a favor e apenas dois contra. Vai ser criada uma comissão de gestão que vai assumir a liderança da FCF até a data da eleição de novos membros dirigentes.

O jornalista, professor universitário e autor do livro “Na rota dos tubarões azuis: 40 anos de história”, José Mário Correia, já manifestou o seu interesse na presidência da Federação Cabo-Verdiana de Futebol. Este pré-candidato pretende resgatar e credibilidade da modalidade no arquipélago.

José Mário Correia confirmou â RCV a sua intenção de concorrer ao cargo, afirmando que a actual direcção de Victor Osório descredibilizou o futebol, tanto a nível interno, como internacional, nomeadamente junto da Confederação Africada de Futebol (CAF).

Correia acrescentou que a sua candidatura responde a um chamamento de pessoas de vários quadrantes sociais, ligadas ao desporto dentro e fora de Cabo Verde.

Fala-se também que Gerson Melo, ex-diretor-geral dos Desportos e actual Coordenador dos Desportos da CPLP, em representação de Cabo Verde, estará interessado no lugar, enquanto Mário Avelino (Donnay), actual presidente da Associação de Futebol de Santiago Sul e que concorreu com Osório, deixa para depois o seu pronunciamento.

A queda da direcção da FCF aconteceu este sábado durante uma assembleia-geral extraordinária da Federação Cabo-verdiana de Futebol convocada precisamente para analisar o momento por que passa o futebol nacional.

A gota que fez transbordar o copo teve origem na indefinição do finalista do Nacional de futebol desta temporada. Tudo porque o jogo da primeira-mão das meias-finais entre a Ultramarina e o Mindelense não foi realizado no início de Junho, já que, depois de dois adiamentos, na terceira data prevista não apareceram as chaves para abrir os portões do estádio em São Nicolau.

Na sequência, a FCF instaurou um processo disciplinar à Ultramarina, mas o Conselho de Disciplina (CD) da FCF considerou “improcedente” a queixa, concluindo que não ficou provada que o clube teve intenção de esconder as chaves.

Por sua vez, o Mindelense também apresentou um recurso, mas o Conselho de Justiça (CJ) da FCF negou provimento ao mesmo.

Entretanto, mesmo sem se realizar o jogo da primeira mão em São Nicolau, a FCF marcou o da segunda mão em São Vicente, em que Ultramarina venceu o Mindelense por 2-0.

Na semana passada, a FCF anulou o jogo realizado e mandou repetir os dois jogos das meias-finais, prorrogando, assim, a época desportiva no arquipélago, que deveria terminar no dia 31 de Julho.

E no domingo, 13 de Agosto, o Mindelense não compareceu ao jogo da primeira-mão, referente à repetição das meias-finais, o que levou o CD da FCF a eliminar os sanvicentinos e apurar a Ultramarina para a final.

A FCF marcou para este domingo, no Estádio Municipal Orlando Rodrigues, o jogo da primeira-mão da final entre a Ultramarina de São Nicolau e o Sporting da Praia.

Com Inforpress

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