Mário Lúcio inicia esta quarta feira no Tarrafal digressão mundial “Voz e Violão” em celebração dos seus 60 anos de idade
Cultura

Mário Lúcio inicia esta quarta feira no Tarrafal digressão mundial “Voz e Violão” em celebração dos seus 60 anos de idade

O artista Mário Lúcio estará no dia 10, quarta-feira, no concelho do Tarrafal, sua terra natal, em concerto intimista que reúne as composições mais conhecidas e inéditas da carreira em celebração dos seus 60 anos de idade.

A programação musical, de acordo com um comunicado enviado à Inforpress, inicia esta primeira etapa no Tarrafal e segue na Cidade da Praia com um concerto no Auditório Nacional no dia 18, e em São Vicente no Centro Cultural do Mindelo nos dias 26 e 27 de Janeiro.

Em Março, o artista completa a digressão mundial “Voz e Violão” em concertos que abrangem as demais ilhas e os continentes Europa, América Latina, Estados Unidos, Macau e Austrália.

O último álbum de Mário Lúcio, “Migrantes”, explicou, é uma homenagem à grande epopeia do ser humano, o fenómeno das migrações que possibilitou Cabo Verde ir mais longe “adaptar e misturar” as outras culturas.

“Em 2024, centenário de Amílcar Cabral, Mário Lúcio completa 60 anos e continua a ser um testemunho da rica herança cultural de Cabo Verde e da sua ressonância global. Uma programação mundial vai marcar a celebração durante todo o ano e para iniciar, abre a jornada em Cabo Verde, mais especificamente no Tarrafal” realçou.

“Para celebrar essa efeméride, preparei um conceito e um concerto especial, Voz e Violão, que reúne as minhas composições mais conhecidas e algumas inéditas que retratam o meu percurso. Quero estar rodeado de pessoas que me têm acompanhado desde a infância, dos meus amigos, da minha família e contar-lhes algumas histórias de canções e episódios marcantes da minha vida”, referiu o artista.

Conforme indicou, Mário Lúcio está entre os compositores com o maior número de canções gravadas na música cabo-verdiana, cerca de três dezenas, interpretadas por vozes expressivas do Simentera, Cesária Évora, Lura, Nancy Vieira, Mayra Andrade, Teté Alhinho, Lucibela, Jennifer Soledad, Mirri Lobo, Zeca Nha Reinalda e outros.

A nível internacional, as suas composições fizeram parte do repertório de artistas como Djavan, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Paulinho da Viola (Brasil), Pablo Milanes (Cuba), Luís Represas, Maria João, Teresa Salgueiro (Portugal), Youssou Ndour (Senegal), Araceli Poma (Peru), Thérése Slimane (Palestina), Tinkara (Eslovênia), Tosca (Itália) e Zulu Gospel Choir (África do Sul).

“Na história recente da música cabo-verdiana, Mário Lúcio sempre teve um papel enriquecedor, desde o grupo “Abel Djassi”, nos anos oitenta, do Simentera, nos anos noventa, à sua carreira a solo a partir de 2002, trabalhando as músicas rurais das várias ilhas, a morna, a coladeira, o funaná, com aquele seu estilo inconfundível” completou, recordando os dois últimos álbuns Badayo e Kreol em 2011 e 2016.

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