A Polícia Judiciária afirma que as ossadas encontradas em Janeiro deste ao em Ponta Bicuda, Achada Grande Trás, pertencem, afinal, a Edvanea Gonçalves, a menina de 10 anos que desaparecera da casa dos pais em Eugénio Lima, desde o dia 14 de Novembro do ano passado. Antes, a própria PJ rejeitara essa possibilidade.
“Na sequência de investigações desencadeadas pela equipa conjunta criada pela Procuradoria Geral da República, visando o esclarecimento dos casos de desaparecimentos de pessoas ocorridas, num passado recente, na cidade da Praia, a Polícia Judiciária comunica aos órgãos de comunicação social, e ao público em geral, que as ossadas encontradas no passado dia 18 de janeiro, na localidade de Ponta Bicuda, em Achada Grande Trás, pertencem à menor Edvânea Gonçalves, desaparecida a 14 de novembro de 2017, no bairro de Eugénio Lima, na cidade da Praia”, diz a Polícia Judiciária num comunicado divulgado esta manhã.
A PJ explica que “após submeter o material extraído das ossadas encontrada aos exames de DNA, após comparação com material genético dos progenitores dos desaparecidos até a data da descoberta das ossadas (Edine Soares, Maurício Soares e Edvânea Gonçalves), estes apresentaram uma probabilidade de 99,9999 por centos (%) de chances de pertencerem a menor Edvânea Gonçalves”.
E por esse motivo, a polícia científica afirma estar perante um caso de homicídio, pelo que já direcionou as investigações nesse sentido, a fim de descobrir o autor e as motivações por detrás desse infanticídio. Os outros desaparecidos continuam a ser investigados.
Note-se que em Janeiro deste ano, quando um grupo de pescadores encontrou ossos humanos debaixo dum arbusto em Ponta Bicuda, Achada Grande Trás, a primeira informação de testemunhas era de que se tratava de uma criança do sexo feminino (devido ao traje, embora o estado de decomposição não ajudasse na identificação), mas a PJ foi logo descartando essa possibilidade tendo na altura emitido um comunicado a dizer que essas ossadas pertenciam a mulher adulta. Seis meses depois, e depois de testes de ADN, a polícia científica admite que o esqueleto é de Edvânea Gonçalves. E que ela foi assassinada.
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