
As palavras são de Agostinho Lopes, tendo avançado que o partido vai resolver as “questões quentes” antes das eleições. O secretário-geral ventoinha recupera um argumento recorrente: os atrasos na implementação do programa do Governo deveram-se a “fatores externos”, como a Covid-19 e a Guerra da Ucrânia. E diz, ainda, que “nunca os cabo-verdianos viveram tão bem como agora”.
A serem realizadas hoje, o Movimento para a Democracia (MpD) acredita que venceria as eleições legislativas, embora reconhecendo ser necessário resolver “questões quentes” que têm persistido neste mandato, cujo término acontece no próximo ano. A análise é do secretário-geral do partido, Agostinho Lopes, em entrevista à agência de notícias de Cabo Verde, Inforpress.
O dirigente partidário falava durante o balanço do “retiro” que reuniu, no último sábado, a Comissão Política Nacional, o Grupo Parlamentar e o Governo, para analisar a situação política e debater as estratégias com vista às eleições legislativas de 2026.
“Nós também não deixamos de abordar as questões quentes que não foram muito bem conseguidas e decidimos pelo reforço da ação nesses setores específicos”, salientou o secretário-geral, fazendo referência a áreas como os transportes, a energia e água.
Justificando os atrasos na implementação do programa do Governo, aprovado pela Assembleia Nacional no início deste mandato, Agostinho Lopes socorrendo-se de um argumento recorrente do MpD, alegou que tais atrasos se deveram a fatores externos, como a Covid-19 e a guerra da Ucrânia.
Programa do Governo cumprido com “alto grau de satisfação”
A reunião de topo do MpD considerou, ainda, que o programa do Governo está a ser cumprido com “alto grau de satisfação” e decidiu “manter o nível de investimentos”.
No plano interno, o encontro serviu para aclarar o reforço e melhoria do funcionamento do partido, visando um maior “entrosamento e coerência” no combate político. Para tal, Agostinho Lopes avançou que as decisões saídas do último sábado apontam para a necessidade de o MpD melhorar a sua comunicação e de ter um discurso, uma postura e um plano de preparação para as próximas campanhas.
Ainda segundo o secretário-geral do MpD, a Comissão Política ficou encarregada de materializar a organização das próximas campanhas, garantindo ter uma proposta concreta e aprovada sobre a direção de campanha, listas, marketing político-eleitoral e imagem até 15 de dezembro.
Cabo-verdianos “nunca viveram tão bem como agora”
Ao ser questionado sobre a situação económica, Agostinho Lopes defendeu que o momento atual representa o “melhor Cabo Verde de sempre”, alegando que “nunca os cabo-verdianos viveram tão bem como vivem agora”.
O secretário-geral ventoinha sublinhou, ainda, o “forte apoio” que o país tem a nível internacional, nomeadamente, através do “suporte da maioria dos parceiros de desenvolvimento”, e o “aval completo” de instituições financeiras como o Banco Mundial e o FMI, bem assim o apoio da União Europeia e de parceiros estratégicos, incluindo o suporte efetivo de instituições africanas como o BAD, a CEDEAO e a União Africana.
C/Inforpress
Foto: Facebook/MpD
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