Volvidos 50 anos da independência nacional, Maio continua a enfrentar uma “dura batalha” contra a estagnação económica, o desemprego crescente e a saída em massa de jovens, num cenário que contrasta com os sonhos da libertação.
Acredito que o futuro da língua cabo-verdiana na escola depende menos de confrontos e mais de investigação partilhada, sensibilidade cultural e maturidade institucional. Por isso, reafirmo: a proposta de escrita pandialetal deve ser retirada do manual, pois constitui uma tentativa de padronização. Já existe um instrumento oficial — o Alfabeto Cabo-verdiano, flexível e representativo. Que o aperfeiçoemos juntos — sem atalhos, sem imposições, sem máscaras — se, de fato, a proposta das autoras visava ser apenas uma nova forma de escrita. Não sei como, mas a experimentação —...
A artista cabo-verdiana Solange Cesarovna vai ser homenageada no Brasil como personalidade de referência no processo de internacionalização da música africana e da cooperação lusófona.
A juventude cabo-verdiana, especialmente na Ilha do Sal, tem dado sinais claros de comprometimento com o ambiente. Cabe agora às autoridades públicas fortalecer esse protagonismo com políticas inclusivas, investimentos estruturantes e uma aposta séria na educação ambiental. Promover a cidadania ambiental é também um ato de justiça intergeracional — é preparar hoje os líderes ambientais de amanhã. É dar às comunidades as ferramentas para protegerem aquilo que têm de mais precioso: os seus recursos naturais, a sua identidade ecológica, o seu futuro.
O que foi feito, de facto, desde 2019? Quantas escolas ensinam morna como parte da identidade cabo-verdiana? Onde estão os centros de estudo, os arquivos sonoros acessíveis, as formações para os mais jovens? Quantos investimentos foram feitos que não sejam apenas placas, festas ou discursos vazios? Por que é que quem levantou esta bandeira com tanto suor foi sistematicamente ignorado? Por que é que muitos nomes foram varridos para baixo do tapete pelo antigo ministro da cultura que preferiu a vaidade à memória coletiva? A morna tem sido preservada sim, mas por teimosia e amor de...
Falta ouvir Amílcar Cabral, sim, (calma, não é sermão, e eu também não sou cabralista com carteira assinada), mas ouvir aquele Amílcar que dizia que "ninguém liberta ninguém"… a não ser que seja com um bom beat de fundo. Falta saber quem foi Carlos Veiga, Renato Cardoso, Pedro Pires, Jaime Figueiredo, José Estrela, Simão de Barros, José Leitão da Graça… não para votar neles no TikTok, mas para saber que já houve gente que pensou o país antes de haver Wi-Fi. Falta ler a Mana Guta, o Manuel Veiga, o Herménio Vieira, o Osvaldo Alcântara, e aqueles posts heroicos e...
Durante o workshop sobre propriedade intelectual na era digital, realizado hoje na Praia, no âmbito do Atlantic Music Expo (AME), Dino d’Santiago alertou para a falta de consciência sobre os direitos dos artistas no cenário digital.