O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabian, disse hoje na Praia que a TACV já manifestou às autoridades daquele país a sua intenção de voltar a voar para Bissau e que, inclusive, já há instruções para que se avance.
“Nós recebemos, portanto, um pedido. Já havia ligações aéreas entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau. A mesma foi suspensa, mas nós estamos abertos para que a companhia área de Cabo Verde possa retomar essa rota”, anunciou aquele governante em declaração à imprensa, à saída de uma visita às instalações do Data Center, em Achada Grande Frente.
Nuno Gomes Nabian disse ainda que esteve com o ministro dos Transportes guineense e que deu instruções para que se avance com esse processo, pelo que acredita que “dentro de pouco tempo” se estabelecerá de novo essa ligação entre Cabo Verde e Bissau.
“A Guiné-Bissau está a pensar, portanto, em criar uma companhia aérea. É um processo longo e nós sabemos os contornos da criação da companhia, mas, entretanto, isso não impede que a companhia de Cabo Verde possa, de facto, começar a voar para o nosso país”, concluiu.
O ministro das Comunidades de Cabo Verde, Jorge Santos, anunciou no último final-de-semana, em Paris, que a ligação aérea da TACV entre Praia, Sal e São Vicente e a capital francesa vai ser restabelecida a partir de 23 de Julho.
A TACV foi vendida (51%) a investidores islandeses e renacionalizada em julho de 2021, devido à pandemia de covid-19, tendo retomado os voos apenas em Dezembro de 2021.
Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines – nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
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