Os preços em Cabo Verde aumentaram 0,7% no mês de fevereiro, face a janeiro, acumulando uma subida de 7,3% no espaço de um ano, indicam dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
De acordo com o mais recente Índice de Preços no Consumidor (IPC), elaborado pelo INE, a taxa de variação homóloga desacelerou em fevereiro 0,1 pontos percentuais, face ao mês anterior, enquanto a variação mensal foi superior em 0,1 pontos percentuais.
"No período em análise, o IPC registou uma variação média dos últimos 12 meses de 8,0%, valor idêntico ao registado no mês anterior", refere o indicador do INE.
O Governo previa que a escalada de preços em Cabo Verde deveria fechar 2022 com um aumento médio global de quase 8%, reduzindo-se para menos de metade este ano.
Nos documentos de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023, o Governo cabo-verdiano admite que “os níveis de preços deverão permanecer elevados, acelerando de 1,9% em 2021 para 7,9% em 2022”, o valor mais alto em 25 anos.
“Já para 2023, espera-se que reduza para 4% [3,7%, segundo o detalhe da proposta], refletindo a redução da inflação importada dos principais parceiros comerciais de Cabo Verde”, lê-se no documento.
Antes dos efeitos da crise inflacionista atual e apesar da pandemia de covid-19, Cabo Verde registou uma taxa de inflação mínima histórica de 0,6% em 2020, e de 0,8% em 2017.
O arquipélago recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.
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