O PAICV, enquanto força política com responsabilidades claras neste processo de mudança, está legitimamente a se preparar e organizar para devolver Cabo Verde aos Caboverdianos. A Jornada está bem avançada e vamos sensivelmente, um mês do fecho e a conclusão que podemos tirar é que todos, aprendemos tanto com a democracia que até já a questionamos, pois ela chegou e evadiu a casa, quebrou as vidraças do tradicionalismo e conservadorismo camarada e está a inflar a semente de tudo o que está dentro da consciência e do peito do homem para eclodir esta nova geração que Cabo Verde precisa de governantes. Não devemos esperar novidades num processo comum e rotineiro. "Konformi toki si Ké badju", diz o bom Badio.
Esta geração tem a responsabilidade de assegurar o curso da emancipação da liberdade e evitar recuos.
Olhar para os sinais de perda de liberdade com leviandade, superficialidade e conveniência, sem patriotismo nem responsabilidade que dignifique nossas funções ou pelo menos aquilo que se espera de nós, é desmerecer e estar e ser indigno.
A sociedade destes tempos precisa urgentemente, nestes dias e agora, de homens aptos, cientes, mansos e sensíveis de coração, de mentes abertas e conscientes, das necessidades de nosso povo, capazes de avaliar o percurso que nossa terra já fez até aqui, avaliar o que podíamos ter feito melhor e lançarmos mãos, com a urgência que a situação e a circunstância exige, dizia, a um projecto nacionalista e patriótico de reparação.
O povo acaba de dar um grande sinal nas últimas eleições autárquicas de que politicamente, -Ele- já mudou e quer continuar a mudar, entregando nas mãos dos atores políticos , recetores desta confiança, o dever de se organizarem e "devolver a terra ao nosso povo".
É certo que os eventos resultantes deste processo organizativo e preparatório, estão se revelando atípicos? Sim, entendemos que o está sendo! Muito atípico. Mas, sei que quanto mais dura for a cáscara da semente, a natureza sofre mais e o solo e seus auxiliares ecossistémicos investem mais no processo da eclosão para que a nova vida possa nascer, crescer, florescer e produzir frutos. Para isso, o bom produtor é recomendado, sempre, a cuidar do plantio.
Acreditem, caros irmãos, que vivemos e experimentamos momentos delicados e nosso país não está isolado... É a própria conjuntura universal, com grandes acontecimentos, todos muito pesados para uma humanidade frágil de homens, mulheres e crianças, plantas , aves, peixes, oceanos e céus. A situação é tão emergencial e tão delicada que perante a ordem do povo, os filhos que se sentem neste momento chamados, se levantam e este "levantar" encontra posições e pensamentos opostos, mas, que acabam por convergir de que é necessário agir com urgência para criar as condições para que o Caboverdiano viva na sua terra com a mesma dignidade que aqueles que hoje a governam e acredito que mesmo não sendo propositado, se sentem donos. E há esta tentação corroedora do sistema, a cada ciclo político e quando o fim se aproxima, quase sempre, os problemas sociais se agudizam, enquanto o poder se gaba de estar "tudo bem" com os números da economia a crecerem. E nós?!!! Responde o povo.
O PAICV, enquanto força política com responsabilidades claras neste processo de mudança, está legitimamente a se preparar e organizar para devolver Cabo Verde aos Caboverdianos. A Jornada está bem avançada e vamos sensivelmente, um mês do fecho e a conclusão que podemos tirar é que todos, aprendemos tanto com a democracia que até já a questionamos, pois ela chegou e evadiu a casa, quebrou as vidraças do tradicionalismo e conservadorismo camarada e está a inflar a semente de tudo o que está dentro da consciência e do peito do homem para eclodir esta nova geração que Cabo Verde precisa de governantes. Não devemos esperar novidades num processo comum e rotineiro. "Konformi toki si Ké badju", diz o bom Badio.
Com isto concluo que tudo o que está a acontecer de novo, causa estranheza, por ser novo, porém, é necessário.
E assim, finalizo com a ilustração do milho: Fechemos os olhos e imaginemos quão bom é uma boa cachupada. Entretanto, ao estarmos a degustar este delicioso e tradicional prato crioulo, raramente nos pomos a pensar no milho e em seu processo de transformação até chegar ao prato. Pois é isso mesmo. Para chegar aqui, foi preciso bater nele duro, molhando-o e separar a casca do grão, voltar a bater e a bater muito, até que o produto ficasse limpo e livre de tudo o que não serve para o resultado que o preparo precisa.
Pois, é isso mesmo, estamos a preparar e limpar, fininho, para obter o melhor para a jornada que fomos chamados. Sem esquecer que o que sobrar do milho é aproveitado para outras funções domésticas e assim a vida continua com a casa farta.
Tudo isto, Para Nunca Mais Ser Escravo
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