Governo vai desenvolver o projeto de um instituto de tecnologia para formar recursos humanos no país e no continente, complementando as infraestruturas do parque tecnológico, inaugurado este ano, disse hoje o vice-primeiro-ministro.
“Esse estudo está na nossa agenda”, disse à Lusa Olavo Correia, que tem também a tutela das Finanças, à margem dos encontros anuais do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), em Abidjan, Costa do Marfim.
O projeto vai estar entre as propostas para financiamento e suporte no âmbito do próximo quadro de cooperação de cinco anos com o BAD, cuja preparação arranca em breve, assim como vai ser apresentado ao Banco Mundial, União Europeia e outros parceiros.
Akinwumi Adesina, presidente cessante do BAD, já deu o seu apoio à ideia durante a cerimónia de inauguração do parque tecnológico cabo-verdiano (financiado pelo banco), no início do mês, na cidade da Praia.
É um projeto “não só voltado para o país, mas para o continente africano, para que jovens possam ter formação na área digital em Cabo Verde, trabalhar a partir daqui, para o mundo”, disse hoje Olavo Correia, apontando para a criação de “emprego moderno, bem remunerado e de qualidade”.
Questionado sobre a viabilidade, Olavo Correia referiu que, “mais do que ser viavel, é uma necessidade", sustentando que "fazer o parque tecnológico sem ter a componente de formação de recursos humanos é como ter meia ponte, meia estrada”, em vez de uma estrutura completa.
“É preciso que possamos montar um sistema sustentável, com formação de qualidade nas áreas fundamentais” das novas tecnologias de informação, por forma a promover “um ecossistema de economia digital", salientou. Afinal, acrescentou, "não se trata apenas de atrair empresas, mas de ter mão-de-obra cabo-verdiana para trabalhar”.
O instituto deverá “tirar proveito das oportunidades” de incubação, instalação e desenvolvimento de “startups” (empresas inovadoras), complementando o sistema educativo em “todos os domínios e competências da área digital.
“É uma necessidade que tem de ser respondida, não apenas para Cabo Verde, mas para o continente africano, para os países da lusofonia, para que possamos ter volume e sustentabildiade. Vai ser um projeto disruptivo”, referiu.
Ainda antes, vai ser lançado, já em junho, um programa de desenvolvimento de 'startups', o Fundo Morabeza.
“Vamos lançar em junho e espermos contar ainda com a presença do presidente do BAD, Akinwumi Adesina. É o que chamamos de Fundo Morabeza, de 24 milhões de dólares [21 milhões de euros] para apoiarmos, sobretudo, as ‘startups’ e empresas de base tecnológica, para começarem atividades e desenvolverem soluções para o mercado naiconal e internacional”, referiu.
Olavo Correia afirmou que vai ser um “investimento muito forte para ‘startups’ de base tecnológica de Cabo Verde” e, tal como o projeto do instituto de tecnologia, “vai completar a parte de infraestruturas”.
Comentários
Casimiro centeio, 30 de Mai de 2025
Diga melhor, por outras palavras: para formar os "macacalogistas" . Destes , o país está cheio até mais não. O vosso Mpd/desgoverno formou uma alcateia cujos lugares estão superlotados.
Cabeça de " marreta colonial", sabe quantos jovens estão a fugir das vossas mentiras ,como quem foge da LEPRA ? Alguns vivem muito mal nos solos europeus, desumanamente ....
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