Cabo Verde necessita urgentemente de uma liderança com visão, responsabilidade e compromisso com a justiça social. É imperativo investir de forma séria na juventude, criar alternativas viáveis para o futuro e devolver a esperança ao povo cabo-verdiano. Um país com tanto potencial como o nosso não pode continuar refém de políticas ineficazes e de decisões que beneficiam poucos à custa de muitos. Está na hora de exigir uma governação competente, transparente e voltada para o interesse nacional. Porque, no final de contas, quem está a sofrer as consequências desta má gestão somos todos nós, cabo-verdianos.
Ulisses Correia e Silva, atual Primeiro-Ministro de Cabo Verde, encontra-se no seu segundo mandato como chefe do Governo, depois de ter exercido igualmente dois mandatos como Presidente da Câmara Municipal da Praia. No entanto, apesar da sua longa permanência em cargos de liderança, é cada vez mais evidente que a sua trajetória política está longe de ser marcada por uma gestão eficaz e centrada nos reais interesses do povo cabo-verdiano.
A política económica implementada pelo seu Governo tem-se revelado, no mínimo, preocupante. O aumento galopante do endividamento público em milhões de contos não se tem traduzido numa melhoria efetiva da qualidade de vida dos cidadãos. Pelo contrário, assistimos a um país cada vez mais asfixiado por dívidas, sem retorno visível em termos de serviços públicos, infraestruturas ou crescimento económico sustentável. O que se observa é uma economia "cansada" e uma juventude sem perspectivas.
Em vez de apresentar soluções estruturais para os problemas nacionais, o Governo opta por aumentar impostos, penalizando ainda mais uma população que já vive em dificuldades. Ao mesmo tempo, mantém ou até reforça as despesas supérfluas, nomeadamente as constantes deslocações dos membros do executivo, muitas vezes sem qualquer resultado palpável. Este contraste entre o luxo de alguns e a miséria de muitos revela uma desconexão gritante entre os governantes e a realidade vivida pelos cabo-verdianos.
Mais alarmante ainda é a completa ausência de uma visão estratégica para o futuro do país. Jovens sem emprego, sem acesso a formação adequada e sem esperança, vêem na emigração a única saída. Esta fuga de cérebros e de força de trabalho compromete gravemente o desenvolvimento nacional. Quando a juventude deixa de acreditar no futuro em Cabo Verde, é porque o Estado falhou na sua função mais básica.
A verdade é que as más decisões do Governo de Ulisses Correia e Silva não o afetam diretamente, quem paga o preço é o povo. O problema não reside apenas na falta de competência técnica, mas sobretudo na ausência de sensibilidade social e de compromisso com o bem comum. A atual governação revela um desconhecimento profundo de gestão pública e políticas eficazes. Parece tratar-se de uma elite que apenas ocupa cargos, movida por interesses próprios, distante dos problemas reais da maioria da população.
Cabo Verde necessita urgentemente de uma liderança com visão, responsabilidade e compromisso com a justiça social. É imperativo investir de forma séria na juventude, criar alternativas viáveis para o futuro e devolver a esperança ao povo cabo-verdiano. Um país com tanto potencial como o nosso não pode continuar refém de políticas ineficazes e de decisões que beneficiam poucos à custa de muitos.
Está na hora de exigir uma governação competente, transparente e voltada para o interesse nacional. Porque, no final de contas, quem está a sofrer as consequências desta má gestão somos todos nós, cabo-verdianos.
Comentários
analista social, 10 de Jun de 2025
O gestor por mais bom e brilhante que ele seja haverá sempre um período em que o mesmo deverá fazer uma pausa. Ou ele será obrigado a fazê-lo justamente pelo desgaste e pela decadência evidente que o mesmo irá apresentar com o passar dos tempos. Liderar um Partido não é fácil, pois, existem sempre muitos fatores em jogo, muitas tropas por comandar e agora estamos a assistir que as tropas estão a erguer-se a posicionarem ombreando com aquele que em seu tempo era seu líder.
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